Quem nunca se sentiu mais confortável cruzando as pernas enquanto lia um livro ou assistia a um filme? Parece uma postura tão comum e relaxante, não é? Inclusive, um dado curioso revela que 62% das pessoas cruzam as pernas à direita e 26% à esquerda e 12% não têm preferência.
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Ao analisarmos esses números, podemos pensar: “Se tanta gente faz, qual é o problema?” A questão é que, por trás desse hábito aparentemente inofensivo, há uma série de implicações para nossa saúde.
Estudos recentes trouxeram à luz os efeitos dessa prática tão comum.
Vamos começar pela pressão arterial
Você sabia que cruzar as pernas na altura dos joelhos pode ser pior do que nos tornozelos? A razão para isso, segundo pesquisas, é que cruzar as pernas dessa maneira pode causar um aumento na pressão arterial. Isso ocorre porque o sangue se acumula nas veias, fazendo com que o coração trabalhe mais.
Mas a pressão arterial não é o único problema. Um estudo publicado no “International Journal of Environmental Research and Public Health” em 2020 constatou que sentar-se de pernas cruzadas pode levar a uma postura desleixada e assimétrica, com efeitos ainda mais acentuados em pessoas que sofrem de dores nas costas.
Quando você cruza as pernas, um dos quadris fica mais alto que o outro, afetando diretamente a postura.
E as revelações dos estudos não param por aí
Em 2018, um estudo publicado na “Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism” demonstrou que a simples ação de cruzar as pernas pode alterar a velocidade de circulação do sangue pelas pernas, aumentando o risco de coágulos. Um risco que, com certeza, muitos de nós preferiríamos evitar.
Ainda sobre a postura, os efeitos desse hábito são mais profundos do que imaginamos. Ele pode levar ao encurtamento dos músculos, alteração da disposição dos ossos pélvicos e até mesmo ao desalinhamento da coluna.
Contudo, vale ressaltar que, em alguns casos, cruzar as pernas pode ser benéfico. Um estudo de 2016 mostrou que pessoas com uma perna ligeiramente mais longa que a outra podem se beneficiar desse hábito, ajudando a ajustar a altura dos dois lados da pelve.
Porém, a mensagem é clara: evite permanecer por longos períodos dessa maneira. A ciência já mostrou os riscos, e cabe a nós fazer escolhas mais saudáveis. Levante-se, movimente-se e, sempre que possível, mantenha ambos os pés firmemente no chão. Seu corpo, com certeza, agradecerá!