Em Goiânia, motoristas devem viver mais uma mudança no trânsito, agora visando proporcionar mais fluidez por meio da aplicação de uma alteração nos semáforos. Conforme as informações divulgadas, a atual gestão de trânsito da cidade está reduzindo o tempo pelo qual os automóveis ficam parados.
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Como resultado, a possibilidade de realizar conversões à esquerda em cruzamentos controlados por semáforos está sendo retirada. A modificação está sendo aplicada nos semáforos de três tempos, isto é, aqueles que usam três fases de tempo para completar um ciclo de funcionamento. Em outras palavras, os condutores aguardam duas sequências semafóricas distintas antes de ter a oportunidade de seguir o seu trajeto.
Com a mudança, o planejamento visa modificar esse tipo de equipamento que trabalha em três períodos para que passem a atuar com dois. Assim, o motorista deverá esperar apenas o fechamento e, depois, a liberação para se movimentar. Tudo isso ocorre desde o início da gestão de Rogério Cruz, que já teve 12 cruzamentos alterados.
O secretário da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), Marcelo Torrubia, ocupou o cargo em maio e está empenhado em colocar um fim nesse tipo de semáforo. Durante o trabalho, já foram alterados cinco dos 12 cruzamentos. Ele explicou que o equipamento não se adéqua mais à capital por causa da quantidade de carros circulando, o que atrapalha a fluidez.
Estudo feitos por técnicos foram usados na medida para detectar quais pontos merecem os semáforos de dois tempos. O levantamento se baseou na origem e destino dos carros, checando, assim, os movimentos feitos nos cruzamentos. Foi descoberto que 10% dos motoristas passam pelo local e realizam a conversão à esquerda, ou seja, o tempo de espera é atrativo apenas para uma minoria.
Ainda há semáforos de três tempos na cidade
Conforme aponta o secretário em reportagem ao jornal O Popular, desde 2021, nenhum sinaleiro de três ou quatro tempos foi incluído na cidade; contudo, alguns cruzamentos ainda vão funcionar dessa forma. Na capital, ainda restam 13 que te possibilitam virar à esquerda.
O professor de engenharia de trânsito do Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Rothen, ressaltou que essa modificação precisa ser estudada caso a caso. Ele defende que o “três tempos” deve continuar especificamente em lugares que recebem grande volume de carros que usam a conversão, onde a alternativa de trajeto gera distâncias longas.
Rothen também ressaltou que devem aplicar uma boa sinalização, com placas, já que muitos motoristas ficam confusos após as mudanças e, assim, acabam cometendo infrações.