O recente ciclone no Rio Grande do Sul pode ser apenas o começo de uma catástrofe climática que está prestes a acontecer. Isso graças ao Super El Niño que está abraçando com força as proximidades do Equador.
Leia mais: Onda de calor que pode matar: 7 cuidados para ter com sua cozinha
Segundo informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo federal, o fenômeno climático ainda tem muita lenha para queimar.
Super El Niño, mostre sua cara
Ainda de acordo com o órgão, há uma previsão de chuvas acima da média para o sul do Brasil até novembro. Estima-se que aproximadamente 100 cidades do Rio Grande do Sul possam sofrer com enchentes e inundações.
A nota afirma também que um sistema frontal com características quase estacionárias teria sido o motivo das chuvas intensas. Além disso, uma combinação de uma frente fria que vem da Argentina e um sistema de baixa pressão atmosférica também pode ter piorado a situação das chuvas.
A nota do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais diz:
“O aumento das temperaturas nas proximidades do Equador amplia a diferença térmica entre as latitudes equatoriais e polares, o que traz como consequência uma maior intensidade e estabilidade dos ‘jatos’, que são canais de ventos intensos que ocorrem na alta atmosfera e que controlam o comportamento das frentes frias”.
E completa:
“Assim, durante anos do El Niño, esses jatos tendem a se posicionar sobre a Região Sul, motivando a alta frequência de passagens frontais sobre essa região e, em decorrência, um maior acumulado pluviométrico”.
O que é o fenômeno climático?
Chamamos de El Niño um aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Ele deixa a atmosfera mais quente e piora tudo que já é problemático no que tange o aquecimento global.
Sem contar o aumento das temperaturas em todo o mundo – cuja previsão é ficar ainda pior nos próximos anos. A consequência do El Niño para o Brasil são chuvas muito intensas na região Sul. Com os oceanos mais quentes, há mais água evaporando na atmosfera e, consequentemente, mais formação de chuva.