O sonho de muitos é encontrar uma carreira que, além de ser gratificante, traga estabilidade financeira. No entanto, a evolução da economia, a rápida transformação tecnológica e eventos globais, como a pandemia, estão constantemente remodelando o mercado de trabalho. Mas, quais profissões estão realmente oferecendo os melhores salários este ano?
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De acordo com um estudo recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a resposta não é tão surpreendente: médicos especialistas lideram a lista com uma renda média impressionante de R$ 18.475 por mês. Mas não é só na medicina que os grandes salários estão.
Profissionais ligados às áreas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas) estão vendo uma demanda crescente por seus serviços e, por consequência, um aumento em seus rendimentos.
Mas não é apenas o conhecimento técnico que está sendo valorizado. As habilidades socioemocionais, aquelas que nos permitem trabalhar eficazmente em equipe, resolver conflitos e adaptar-se rapidamente às mudanças, também estão em alta.
Sendo assim, entre os profissionais mais bem remunerados de 2023, temos:
- Médicos especialistas: R$ 18.475
- Matemáticos, atuários e estatísticos: R$ 16.568
- Médicos generalistas: R$ 11.022
- Geólogos e geofísicos: R$ 10.011
- Engenheiros mecânicos: R$ 9.881
Por outro lado, nem todas as notícias são boas. Os professores de ensino pré-escolar, que desempenham um papel tão crucial na formação das futuras gerações, encontram-se na extremidade oposta do espectro salarial, com uma média de R$ 2.285 por mês.
A educação ainda vale a pena?
O IBGE, em seu relatório do segundo trimestre de 2023, destaca a conexão clara entre educação e remuneração. Os profissionais com ensino superior completo ganham, em média, consideravelmente mais do que aqueles sem essa formação.
Contudo, um olhar mais aprofundado revela que menos de um quarto da população ocupada possui esse nível de instrução, um aumento sutil em comparação com uma década atrás.
O estudo reforça uma realidade desafiadora: as profissões mais bem remuneradas permanecem inacessíveis para muitos brasileiros.
Assim, enquanto a educação continua a ser uma ferramenta poderosa para melhorar as perspectivas de carreira, a acessibilidade a ela e a relevância da formação recebida precisam ser parte do diálogo nacional sobre o futuro do trabalho no Brasil.