Em uma entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), confirmou que a proposta salarial para 2024 do governo é de R$ 1.421. Com o aumento anunciado, o salário terá um aumento de 7,7%, sendo R$ 101 maior do que o piso atual, de R$ 1.320.
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O novo valor estipulado já contempla a regra atualizada da correção, ou seja, além da inflação projetada para 2023 até novembro, o reajuste leva em consideração também o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (2022), de 2,9%. O novo cálculo foi sancionado pelo presidente Lula (PT) em agosto deste ano.
De acordo com a nova legislação, o salário mínimo será reajustado de forma a fornecer um aumento real anual para os trabalhadores. Dessa forma, a nova regra estabelece que o valor do piso nacional deverá ser corrigido pela inflação do ano anterior, baseada no INPC, somada à variação positiva do PIB de dois anos anteriores.
Reajuste do piso nacional nos últimos anos
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a valorização do salário mínimo acima da inflação foi abandonada. De 2011 a 2019, o salário foi corrigido apenas com base no INPC do ano anterior, com variação do PIB de dois anos antes. Com o governo Bolsonaro, a equipe governamental analisou que o impacto nas contas públicas seria muito grande, assim, o reajuste era realizado utilizando apenas a inflação.
O último aumento real antes de 2023 foi realizado em 2023, durante o governo de Michel Temer (MDB). Naquele ano, o salário mínimo passou de R$ 954 para R$ 998, R$ 8 a menos do que o inicialmente previsto. No governo Bolsonaro, o salário superou a inflação apenas em 2023, quando foi de R$ 1.212 para R$ 1.302.
No Dia do Trabalhador deste ano, Lula definiu o novo reajuste, passando a remuneração básica para R$ 1.320. Com o aumento de R$ 18, o crescimento em relação ao salário de 2022 foi de R$ 108, representando um reajuste total de 8,91% acima da inflação acumulada do último ano, estabelecida em 5,93%.