Entrar em um ônibus ou metrô é quase como visitar uma galeria de arte contemporânea quando observamos os assentos. Com padrões geométricos intrigantes e uma explosão de cores vibrantes, os estofados dos transportes públicos certamente chamam a atenção.
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Mas mais do que simples estética, há razões bem práticas por trás dessas escolhas, que misturam funcionalidade com design.
Do madeira ao moquete: a evolução do conforto
Antigamente, os passageiros tinham que se contentar com bancos de madeira nos veículos de transporte. No entanto, a demanda por mais conforto impulsionou a busca por alternativas.
Em sua busca pelo material perfeito, Londres, na década de 1920, identificou uma solução que seria adotada globalmente: o moquete. Essa opção, que se originou da palavra francesa “moquette” (traduzido como “carpete”), se destacou das outras escolhas comuns da época, como vime e couro.
Composto majoritariamente de lã com uma pitada de nylon, o moquete não é apenas semelhante ao carpete em termos de aparência. Ele foi selecionado por várias qualidades práticas: é econômico, altamente durável, e produzido facilmente em larga escala. Além disso, apresenta resistência ao fogo e a capacidade de secar rapidamente.
E tem mais: sua textura única, similar ao veludo, proporciona um conforto adicional. E graças ao design especial das fibras, é ótimo em “esconder” a poeira, mantendo a superfície visivelmente mais limpa. Ah, e se você estiver se perguntando, isso também significa menos poeira levantando no ar quando alguém se acomoda no assento!
O enigma das estampas: o camuflado estratégico
Agora, quanto aos padrões vibrantes, a lógica é bem pragmática. Imagine um assento de cor sólida; qualquer mancha ou sujeira ficaria evidente. E, sendo realistas, os acidentes são inevitáveis nos trajetos diários.
Desenhos geométricos complexos, com uma paleta de cores diversificada, não são apenas esteticamente agradáveis. Eles são verdadeiros mestres do disfarce, ocultando manchas e imperfeições. Por isso, mesmo cidades com uma identidade visual forte optam por manter esses padrões “caóticos”.
Sabendo dessas curiosidades, quando for se acomodar em um ônibus ou trem, talvez possa apreciar um pouco mais o pensamento e o design por trás daquele assento “estranho” sob você.
