A palavra “radiação” costuma causar um desconforto imediato em muitos de nós. Afinal, é algo associado a acidentes nucleares, exames médicos complexos e, claro, à temida bomba atômica. Mas o que poucos imaginam é que ela não é exclusiva de usinas nucleares ou laboratórios de pesquisa: ela está bem aí, no aconchego do seu lar.
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A radiação está, de fato, por toda parte – nos raios cósmicos do espaço, nos minerais sob nossos pés e, sim, dentro das nossas casas. Agora, antes que você comece a olhar de soslaio para o micro-ondas, saiba que ele está fora da lista de suspeitos. A verdadeira radiação doméstica vem de fontes bastante inesperadas.
Seu prato pode ser mais “quente” do que você pensa
E não, não estamos falando daquele seu chili picante. As TVs de tubo antigas eram, de fato, leves emissores de raios-X. Mas, com a era das telas planas, esse risco foi eliminado. Entretanto, alimentos como bananas, graças ao isótopo de potássio-40, e castanhas-do-pará, com suas raízes profundas que absorvem rádio do solo, trazem consigo uma dose leve de radioatividade.
E se você é daqueles que acendem um cigarro após o jantar, saiba que está ingerindo mais radiação ainda. Os fertilizantes usados no tabaco têm rádio, chumbo e polônio. Sim, um único cigarro pode ser tão radioativo quanto sete bananas.
Sua casa, sua fortaleza radioativa
A localização e a estrutura da sua casa também podem influenciar nos níveis de radiação. Porões, por exemplo, por estarem abaixo do solo, podem estar mais expostos a minerais radioativos. Em contrapartida, morar em altitudes elevadas pode te deixar mais exposto a raios cósmicos.
A composição geológica do solo em que sua casa está construída também é crucial. O granito, por exemplo, é naturalmente rico em urânio, que decai para formar rádio e, depois, gás rádon. Em altas concentrações, esse gás é conhecido por aumentar os riscos de câncer de pulmão.
E agora, o que fazer?
Embora essas informações possam parecer alarmantes à primeira vista, é importante lembrar que a exposição à radiação é algo intrínseco à nossa existência.
A maioria das doses de radiação que recebemos em casa é bastante baixa e não representa risco significativo à saúde. Porém, em regiões onde a concentração natural é elevada, melhorias na ventilação e até mudanças de localização podem ser consideradas.