Saudade do clássico: por que o Uno saiu de linha e o Mobi continua no mercado?

Planos de uma nova geração do Fiat Uno foram abandonados durante a pandemia, quando as vendas despencaram.



Um dos efeitos da pandemia do novo coronavírus foram as profundas mudanças na indústria automobilística, inclusive no Brasil. Em vez de produzir carros, muitas montadoras focaram na fabricação de respiradores para salvar vidas de pacientes com a doença.

Leia mais: Prepare o bolso: SUV mais premiado do mundo virá para o Brasil

Em meio à grave situação, um dos projetos que acabou sendo deixado de lado foi o de lançar uma nova geração do Uno. O mercado observou as vendas do modelo caírem bastante e seu espaço ser tomado pelo Mobi, lançado pela Fiat em 2016.

Apesar dos problemas de posicionamento no início, a montadora conseguiu reinventar o Mobi e encerrar a figura do antecedeu, o que levou um certo tempo para ocorrer. A cartada final para o fim do queridinho do público foi a crise de componentes, que encerrou a produção das versões Way 1.0 e 1.3, restando apenas a Attractive 1.0.

No final de 2021, a Fiat lançou 250 unidades numeradas do Uno Ciao como um ato de despedida.

Motivos da decisão

Embora seja considerado muito superior ao Mobi, o Uno saiu de linha por conta de uma disputa com Fiat Argo, que também tinha um porte maior. Além disso, seu custo de produção era mais elevado, já que o modelo utilizava mais chapa, vidro, borracha e plástico.

O Uno é um automóvel de 3,820 m, enquanto o Mobi tem modestos 3,596 m. Parece pouca diferença, mais 22,4 cm de material multiplicado por 50 mil carros tem um impacto bem grande no orçamento da montadora.

Outro fator que deixou o Uno em desvantagem é que a marca já estava desgastada, enquanto Mobi era uma marca nova, moderna e mais próxima da realidade do mercado. Do ponto de vista do marketing, fazia sentido criar um novo conceito em vez de aproveitar o antigo.

O Fiat Mobi é hoje o 5º carro mais vendido do Brasil, feito que o Uno dificilmente conseguiria conquistar. O que resta para os fãs do clássico é a esperança de um relançamento até o final desta década, mesma que seja em uma versão elétrica mais popular e acessível.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário