A Uber anunciou a criação de uma campanha para recompensar os motoristas do programa Uber Pro, denominada “Missão Diamante”. A empresa pagará um prêmio de R$ 1.000 para os parceiros da categoria “diamante”.
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Os interessados em levar a grana para casa precisam ter somado ao menos 1.500 pontos em corridas realizadas entre julho e setembro pela plataforma. Os pontos são concedidos após a finalização de cada viagem.
Também é necessário ter uma taxa de aceitação de corridas de pelo menos 60%, além de computar índice de cancelamentos de até 10% e ter média de avaliação dos usuários acima de 4,85 estrelas.
A ação é exclusiva para aqueles que já estão cadastrados no Uber Pro, uma espécie de programa de benefícios lançado pela companhia em 2019. A pontuação acumulada em viagens pode ser revertida em vantagens como descontos em cursos de graduação, mensalidades em academias e até combustível. O nível “diamante” é o mais alto dentro do programa.
Missão Diamante
A Missão Diamante foi lançada em julho nas capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém. Segundo a Uber, o objetivo é aumentar o número de corridas aceitas e reduzir o volume de recusadas.
O pagamento é feito na semana seguinte ao término de cada trimestre e um mesmo motorista só pode receber o prêmio uma vez durante o período de vigência da campanha, que vai até o dia 30 de junho de 2024.
A plataforma também informa que o valor do prêmio pode variar dependo da cidade. Os parceiros selecionados recebem comunicação por e-mail e podem consultar o montante no aplicativo da Uber.
Amasp critica programa
A Amasp (Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo) afirma que o esforço e custo exigidos para garantir os R$ 1.000 não são vantajosos para os motoristas.
“Esse tipo de promoção da Uber usa da fragilidade dos motoristas, devido às tarifas baixas proporcionadas pela própria empresa. A promoção faz os motoristas aceitarem todas as corridas para fazer a plataforma melhorar sua imagem perante aos passageiros”, diz Eduardo Lima de Souza, presidente da entidade.
Alguns motoristas dizem que é difícil se tornar “diamante”, já que aceitar todas as corridas em cidades com congestionamentos não é vantajoso. “Se o motorista calcular quanto deixou de ganhar nesse trimestre [ao aceitar todas as viagens], ultrapassa o valor pago pela promoção, de R$ 1.000”, completa Souza.