A princípio, “cara ou coroa” é um jogo simples e popular, que consiste em lançar uma moeda no ar e apostar em qual lado ela vai cair. Vale lembrar que a maioria das pessoas imagina que ambas têm as mesmas probabilidades: 50%.
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No entanto, essa suposição não é totalmente verdadeira, segundo o matemático Persi Diaconis. Nesse caso, ele aproveitou suas habilidades de mágico e raciocínio lógico, realizando diversos experimentos ao longo da carreira de professor.
Qual é a origem da brincadeira “cara ou coroa”?
Atualmente, acredita-se que o famoso “cara ou coroa” tenha sido inspirado no antigo “navia aut caput“, que significa “navio ou cabeça”. Afinal, no fim da Idade Média havia moedas com desenhos de navios e o rosto do imperador.
Em relação ao Brasil, a tradição chegou pelos portugueses, que usavam a imagem da coroa real em um lado e a do brasão do outro. Logo, o costume ultrapassou gerações e chegou à era contemporânea, motivando inúmeras apostas.
Veja como funciona o Modelo Diaconis
Primeiramente, o modelo Diaconis é uma teoria matemática que explica por que o cara ou coroa não tem uma probabilidade de 50%. Essa hipótese foi proposta após uma análise envolvendo a oscilação ou precessão inicial da moeda.
Diante do arremesso vertical, o movimento faz com que a moeda passe mais tempo no ar com o lado inicial voltado para cima. Por esse motivo, a moeda tem uma chance ligeiramente maior de cair na posição em que começou.
A chance de cair a face virada para cima é maior
Por último, é importante imaginar que essa diferença é chamada de “viés do mesmo lado”, levando a um caimento exato em 51% das vezes. Dito isso, essa diferença varia ligeiramente conforme o material, o peso e a força aplicada.
Entretanto, reconhecer ocorrências assim garante uma vantagem poderosa em torneios nos quais os participantes apostam 1.000 lançamentos. Sendo assim, a importância não é tão grande em uma amostra pequena, mas coloca um ponto final na ideia de que ‘’cara ou coroa’’ depende 100% de sorte.
