O Brasil tem vivido um período de eventos climáticos extremos nas últimas semanas. Parte do país registrou temperaturas próximas e até superiores aos 40°C em outubro, enquanto em outras regiões os problemas foram o excesso de chuvas e a seca.
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Esses são efeitos do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ele é o grande responsável pelos acontecimentos indesejáveis.
Chuva e seca
No mês passado, os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram acumulados de chuva históricos causados pela combinação dos efeitos do El Niño com frentes frias e sistemas de baixa pressão. A cidade de Frederico Westphalen (RS) terminou o período com nada menos que 672,4 milímetros de chuva.
Em Florianópolis (SC), o volume de chuvas chegou a 419,6 milímetros, o maior dos últimos cem anos.
Por outro lado, a região Norte vive um período de déficit de chuvas que levou diversos municípios a uma situação de emergência causada pela seca. O acumulado em Lábrea (AM) foi de apenas 28,2 milímetros, quase 140 mm abaixo da média histórica. A situação foi ainda pior em Itacoatiara (AM), onde os míseros 1,9 mm de chuva levaram a um déficit de 112,3 mm.
Temperaturas de 40°C
Outro efeito do El Niño além das chuvas e da seca foi o calor extremo, especialmente no Centro-Sul do país. No início e no fim do mês, massas de ar quente aumentaram a probabilidade de marcas acima da faixa normal na maior parte do país.
As temperaturas ultrapassaram os 44°C em Cuiabá (MT) e Aragarças (GO), renovando máximas históricas. Vários outros municípios alcançaram ou se aproximaram dos 40°C.