Imagine a seguinte cena: estamos jogando adedonha e sai a letra M. Na categoria “Frutas”, eu escrevo “maçã” e você, “morango”. Pasme, nós dois erramos. Isso porque nem maçã e nem morango, do ponto de vista da biologia, não são frutas.
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Isso é um absurdo! Se não são frutas, são o quê?
É, eu sei. É muito chocante. Mas é a verdade. E mais: o caju também não entra na classificação de “fruta”.
Conforme explicado no podcast “De Onde Vem O Que Eu Como”, do G1, as três queridinhas das fruteiras de todo o Brasil são pseudofrutos, ou falsos frutos. E há um motivo plausível para isso – por mais que nossa cabeça dê um nó.
Para ser uma fruta, é necessário que seja originada do ovário da flor de uma planta. Não é isso o que acontece com caju, morango e maçã.
O que é fruto e o que não é?
De acordo com o G1, no caju o que é fruto é a castanha, e não a polpa. No caso da maçã, a fruta é a parte do centro, onde fica a semente. Por fim, no morango o fruto são aquelas pequenas sementes que estão espalhadas na polpa. Elas são chamadas de aquênios.
No entanto, sendo fruta ou pseudofruto, a função de ambos é a mesma: disseminar sementes. Quem explicou isso são os pesquisadores da Embrapa, Davi Jughans e Sandro Bonow, em entrevista ao podcast do G1.
“As frutas, de forma geral, são doces, sendo assim atrativas para os animais”, disse Sandro. “Ao consumirem esses alimentos, eles [os animais] dispersam as sementes na natureza e promovem a continuação da planta”, salientou o pesquisador.
Grupo é maior do que você possa imaginar
Assim como maçã, morango e caju, outros alimentos que, no dia a dia, chamamos de “frutas”, na verdade, são pseudofrutos.
É o caso de: pera, abacaxi, framboesa, figo, marmelo e amora.