Salário mínimo está longe do valor ideal para cobrir gastos básicos do brasileiro

O salário mínimo nacional foi reajustado pelo governo federal para R$ 1.320 em maio deste ano, mas esse valor está longe de ser o ideal. Dados de uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que a defasagem ente a quantia nominal e a ideal é de 4,7 vezes.

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Apesar de o preço médio da cesta básica ter recuado em 12 de 17 capitais que participaram do levantamento em outubro, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.210,11 para suprir todas as necessidades de uma família de quatro pessoas.

Descontando uma alíquota 7,5% de contribuição à Previdência Social, o trabalhador brasileiro que ganha um piso nacional por mês comprometeu em média 52,72% de sua renda para comprar produtos alimentícios básicos no mês passado.

No levantamento de setembro, o Dieese apurou que o valor necessário era de R$ 6.280,93, ou 4,76 vezes o salário mínimo em vigência. A diferença era maior ainda em outubro de 2022, quando o piso ideal ficou 5,33 vezes acima do mínimo da época.

Cesta básica

A pesquisa também mostrou que a cesta básica mais cara do país é a de Porto Alegre (R$ 739,21), ao passo que a mais barata está em Aracaju (R$ 521,96). Os maiores aumentos mensais foram registrados em Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%) e Goiânia (0,81%).

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os acréscimos foram de 0,46% e 0,17%, respectivamente. Já as maiores quedas ocorreram em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%) e Brasília (-2,18%).

Em outubro, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos de uma cesta foi 107 horas e 17 minutos.

Salário mínimo necessário

Confira a comparação entre o mínimo nominal e o salário necessário no último ano: