Achou que o Super El Niño seria o maior dos nossos problemas nos próximos meses? Então, sentimos informar que você achou errado. Uma supertempestade solar pode afetar nossa internet por alguns meses, causando um clima de caos nas telecomunicações.
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De acordo com Peter Becker, da Universidade George Manson, dos Estados Unidos, as explosões solares poderão liberar Massa Coronal (EMC) em direção à Terra. Isso pode causar alterações no nosso campo magnético e prejudicar telecomunicações e estações elétricas.
“A internet atingiu a maioridade durante uma época em que o Sol estava relativamente calmo. Agora, ele está entrando em uma época mais ativa. Esta é a primeira vez na História da Humanidade que houve um aumento da atividade solar com tamanha dependência da internet”, disse Becker em entrevista à Fox Weather.
Supertempestade solar já passou por aqui antes
Segundo Peter, uma supertempestade solar já aconteceu em 1859. No entanto, o mundo não era como é hoje e, devido à dependência da população para a internet, os efeitos tendem a ser bem mais catastróficos do que em outrora.
Afinal, já imaginou a nossa sociedade contemporânea sem GPS, sem telefone e, principalmente, sem internet? Praticamente tudo que fazemos hoje envolve algum tipo de conexão com a rede, desde compras no cartão de crédito até viagens e manutenção de sistemas inteiros em hospitais.
Na época, conforme o especialista, “faíscas literalmente voaram das linhas telegráficas”. “Alguns operadores foram eletrocutados, porque os fios carregavam alta tensão. Isso não deveria acontecer, mas as variações do campo magnético tornaram-se tão fortes que quase viraram um gerador. Agora, a CME poderia realmente fritar os sistemas por várias semanas a meses, e toda a infraestrutura vai precisar ser reparada”, explicou.
Quando?
De acordo com Peter Becker, a supertempestade atingirá um pico em 2024. Entretanto, há chances de que ela atingirá uma grande magnitude a partir de 2030.
Desta primeira vez, poderemos ter uma interrupção dos serviços por aproximadamente 18 a 24 horas. No entanto, em 2030 poderá, realmente, acabar com a internet como conhecemos.
