Nas alturas: preços das passagens aéreas para 2024 superam os de 2023

Apesar das medidas anunciadas pelo governo e pelas companhias aéreas, valores dos bilhetes continuam elevados.



O novo plano do governo federal para baixar os preços das passagens aéreas não deve dar tanto resultado quando esperado pelos consumidores. No início desta semana, as três maiores companhias aéreas do Brasil apresentaram um plano para tornar os bilhetes mais acessíveis para a população em 2024.

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No entanto, uma breve análise sobre os valores propostos pelas empresas revela que a promessa do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, pode não ser cumprida.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média dos bilhetes aéreos foi de R$ 602,74 entre janeiro e setembro de 2023. Esse valor está abaixo das propostas apresentadas pelas companhias.

Medidas das companhias aéreas

A Gol e a Azul vão comercializar 25 milhões de passagens por até R$ 799 e R$ 699, respectivamente. A primeira também anunciou bilhetes por preços entre R$ 600 e R$ 800 para compras realizadas com mais de 21 dias de antecedência.

Além disso, a Gol terá tarifas de assistência emergencial com desconto para situações como falecimento. Já a Azul dará preferência na remarcação da passagem e despacho gratuito de bagagem para quem comprar o bilhete em cima da hora.

A Latam informou que terá destinos com custo abaixo de R$ 199 toda semana. Além disso, a empresa se comprometeu a ofertar 10 mil assentos a mais todos os dias, realizar uma campanha para orientar os passageiros na compra de passagens e alterar as regras do seu programa de fidelidade.

Os preços promocionais anunciados por Gol e Azul estão acima do valor médio verificado pela Anac em 2023.

Preço alto, queda anual

Em setembro deste ano, o custo médio dos bilhetes de avião no Brasil atingiu o valor mais alto desde março de 2009. O ticket médio foi de R$ 747,66 no nono mês deste ano, bem próximo à média de R$ 754,18 registrada em março de 2009 (preço corrigido pela inflação).

Apesar do resultado, o preço das passagens recuou 7,59% de janeiro a setembro de 2023 na comparação com o mesmo período de 2022. Apenas em janeiro, fevereiro e setembro foi observado aumento mensal frente a igual período do ano passado.

As companhias do setor afirmam que o grande culpado é o preço do querosene de aviação (QAV), que atualmente tem custa em média R$ 3,64 por litro. Em agosto de 2019, o valor médio era de R$ 2,22.




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