As filhas de Palmirinha, uma das apresentadoras mais conhecidas do Brasil, estão travando uma batalha na justiça pela herança desde a morte da artista. A filha mais nova de Palmirinha, Sandra Bucci, se tornou a inventariante do patrimônio da mãe, falecida em maio de 2023. Agora, ela é acusada pelas irmãs mais velhas, Tania Rosa e Nanci Balan, se ocultar dados do patrimônio das empresas.
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Além disso, a acusação afirma que Sandra teria escondido também o lucro das empresas, assim como o não pagamento de um empréstimo realizado por Palmirinha ainda em vida. Os principais bens deixados pela apresentadora, que são alvo de discussão, são as ações da empresa Artes Culinária Palmirinha Ltda., responsável por gerenciar a carreira da cozinheira.
Há também os direitos de imagem de Palmirinha e a venda dos produtos licenciados. Em julho, Tania e Nanci se juntaram para reclamar sobre a falta de transparência da inventariante, além da falta de acesso aos balanços patrimoniais.
Qual o patrimônio deixado por Palmirinha?
Em trechos do processo obtidos pela revista “Veja São Paulo”, Tania e Nanci afirmam que o empréstimo realizado por Sandra chega a R$ 1,5 milhão. O valor teria sido pego para a compra de um apartamento. Em contrapartida, a inventariante afirmou que o empréstimo foi de R$ 300 mil.
Ademais, Sandra afirmou ainda que pagou R$ 165 mil para cada uma das irmãs, levando em consideração os juros e correção monetária. No entanto, a caçula afirmou ainda que as irmãs “estranhamente omitiram” a informação sobre o pagamento. Sandra firmou ainda que ela era a única que cuidou de Palmirinha em vida, que as irmãs nunca se interessaram pela vida empresarial da apresentadora.
Segundo Sandra, as irmãs pegaram diversos empréstimos com a mãe, mas que nunca pagaram. Por fim, a caçula alegou ainda que as três dividiram, logo após a morte da apresentadora, cerca de R$ 5 milhões referente a investimentos financeiros feitos pela apresentadora.
Processo de inventário sofre alterações
A juíza responsável pelo caso, Claudia Caputo Bevilacqua Vieira, entendeu que a discussão empresarial sobre o patrimônio não compete à 11ª Vara de família e sucessões, onde está tramitando o processo de inventário da apresentadora. A decisão da juíza ocorreu em meio a apresentação de documentos.
“Inicialmente, a questão envolvendo o patrimônio e lucros da empresa ‘Artes Culinária Palmirinha Ltda’ extrapola ao escopo deste feito e deve ser resolvida em via própria, no Juízo competente (dilação probatória). De igual modo, as discussões sobre haveres e balanço patrimonial devem ser objeto de ação própria, no Juízo cível competente. Indefiro as pesquisas quanto aos bens da empresa e em nome da inventariante, sendo certo que no presente Inventário apenas poderá ocorrer a partilha de quotas da sociedade pertencente à falecida (e não os valores representativos)” afirmou o trecho da decisão da juíza, acessado pelo portal Extra.
Já em relação ao empréstimo, a magistrada determinou ainda uma nova apresentação de documentos, esclarecendo que o que ocorreu em vida serve para ser quitado posteriormente na divisão das partes da herança. “Com relação aos empréstimos/doações efetivados pela falecida, configuram adiantamento de herança e devem ser objeto de colação por parte das herdeiras”, esclareceu.
