2024 é ano bissexto: afinal, por que eles existem?

A cada quatro anos, o mês de fevereiro ganha um dia a mais. Entenda a origem e os motivos desta alteração no calendário.



Todo mundo que já se atentou ao calendário deste ano, sabe que 2024 é um bissexto. Em outras palavras, este ano será composto por 366 dias e não os tradicionais 365. Esse dia adicional existe justamente no mês em que estamos, trata-se do dia 29 de fevereiro. Apesar de as pessoas saberem o que é um ano bissexto, a verdade é que poucos entendem a real necessidade deste calendário peculiar.

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Por que anos bissextos existem?

De maneira clara e direta, os anos bissextos existem para ocorrer um ajuste no calendário ao ano solar, também conhecido como ano trópico ou tropical. Assim, a contagem dos anos e o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol seguem ajustadas.

A prática é fundamental porque o ano solar não é de exatamente 365 dias e sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 56 segundos. Isso faz com que o calendário fique atrasado em relação ao movimento da terra em cerca de seis horas. Portanto, para compensar a diferença, a cada quatro anos, se acrescentas um dia ao calendário.

Esse simples fato garante, por exemplo, a sincronização com as estações do ano e os fenômenos astronômicos.

Invenção dos anos bissextos

Os anos bissextos surgem ainda na Roma antiga, há mais de dois mil anos. Na época, o imperador Júlio César pediu ao astrônomo Sosígenes de Alexandria que criasse um calendário mais preciso e que fosse realmente adaptado à realidade da Terra.

Assim, Sosígenes apresentou um sistema de contagem de tempo parecido com o dos egípcios, que tinha 365 dias e um dia extra a cada quatro anos. No calendário juliano, o dia extra dos anos bissextos ocorria em 24 de fevereiro, que, à época, era o último mês do ano. Tanto que a palavra “bissexto” tem origem no latim “ante diem bis sextum Kalendas Martias” (“o sexto dia antes das Calendas de Março”), ou seja, o dia 24 de fevereiro.

Calendário atual

Apesar da inovação, não se pode ignorar que o calendário juliano ainda trazia um erro. Isso porque, ele considerava o ano solar como 365,25 dias. Na verdade, ele tem 365,2422 dias. Assim, a cada 138 anos, o calendário juliano acabava ficando adiantado em um dia em relação ao ano solar.

Com o intuito de corrigir o problema, o papa Gregório XIII reformou o calendário em 1582. É aí que surge o calendário gregoriano, em vigor até os dias atuais.

Nele, o dia adicional passou a ser o dia 29 de fevereiro. Além disso, o papa também estabeleceu que o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 seria 15 de outubro. Essa supressão de dez dias tinha o intuito de alinhar o calendário ao ano solar. Para evitar um novo desalinhamento, criou-se então um sistema de exceções aos anos bissextos.

E é justamente por isso que os anos bissextos ocorrem apenas em dadas divisíveis por quatro e séculos divisíveis por 400. Outros calendários como, por exemplo, o hebraico, islâmico, chinês e etíope também possuem versões de anos bissextos. O que os diferencia é que nem todos ocorrem a cada quatro anos e muitas vezes estão em anos diferentes do calendário gregoriano.

Anos bissextos

Os anos de 366 dias desde 2000 até 2050 foram ou serão os seguintes:

  • 2000;
  • 2004;
  • 2008;
  • 2012;
  • 2016;
  • 2020;
  • 2024;
  • 2028;
  • 2032;
  • 2036;
  • 2040;
  • 2044;
  • 2048.




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