Uma tempestade tropical rara se formou no litoral sul brasileiro nesta segunda-feira (19). O fenômeno antecede a classificação de furacão em ciclone, tendo sido nomeado como Akará em homenagem a um tipo de peixe em Tupi. Assim, a tempestade Akará entrou para a lista de ciclones, sejam eles tropicais ou subtropicais, da Marinha do Brasil.
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A diferenciação de uma tempestade para um ciclone ocorre por diversos pontos comparativos, dentre eles a velocidade dos ventos. Caso os ventos da tempestade Akará ultrapasse os 119 km/h, ela passará a ser classificada como furacão. O sistema ganhou força nesta segunda, estando em alto mar entre o norte do Rio Grande do Sul e o litoral sul de Santa Catarina.
Com ventos de até 65 km/h, a tempestade Akará avançará para o leste do litoral sul do Brasil em mar aberto ao longo da semana, conforme analisado pela MetSul Meteorologia. Além disso, a previsão aponta também que o ciclone irá se afastar da costa e perder velocidade até quarta-feira (21).
Tempestade tropical não é novidade no Brasil
Os ventos mais fortes do Akará deverão acontecer apenas em mar aberto, longe das praias brasileiras. Desse modo, é esperado que as ondas do mar fiquem mais altas e agitadas, por mais que o risco de ressaca seja baixo. Por outro lado, a tempestade irá gerar nebulosidade na região, que poderá causar chuvas isoladas e temporais.
No entanto, esta não é a primeira tempestade tropical a acontecer no Brasil. Segundo o MetSul, outros quatro eventos semelhantes já foram registrados na costa brasileira. Um deles aconteceu em 2010, sendo chamado de Anita. Em 2021, a tempestade Ilba se formou após a chegada de uma frente fria na costa da Bahia.
Antes da tempestade Akará, o último ciclone nomeado no país foi o Yakecan, em 2022. Na época, a tempestade subtropical avançou pela costa gaúcha, causando alterações nas condições climáticas na região durante sua passagem.