Um novo equipamento tem chamado a atenção de motoristas nas estradas e avenidas brasileiras. Uma estrutura piramidal foi instalada em postes logo abaixo dos radares de fiscalização, gerando questionamentos sobre o que se trata. Em alguns casos, como na Marginal Tietê em São Paulo (SP), o equipamento possui tiras metálicas instaladas em formato semelhante ao de pétala de flores, virada para baixo.
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No entanto, ao contrário do que muitos motoristas imaginam, os postes não se tratam de uma nova tecnologia de radares. Essas pirâmides não são dispostas apenas nos aparelhos de fiscalização, mas também em painéis solares e em circuitos eletrônicos. Assim, essas novas instalações não estão diretamente ligadas às multas dos radares, mas sim ao furto dos equipamentos.
Dessa forma, a pirâmide não possui fundo, permitindo a abertura da peça após o operador destrancar a estrutura na fechadura em um dos lados. Ao abrir a pirâmide, a equipe técnica consegue realizar os procedimentos necessários no aparelho, voltando a estrutura ao final da manutenção e trancando a fechadura novamente. O mesmo acontece com a estrutura semelhante a pétalas de flor.
Quanto custam os radares de fiscalização?
Com a medida implementada pelas empresas de trânsito, os condutores se questionam qual o valor dos radares instalados em avenidas e rodovias. Segundo empresas especializadas, os radares de trânsito podem custar mais de R$ 150 mil. Além de câmeras e processadores, o equipamento conta também com diversas placas eletrônicas, além de fios de cobre.
Devido ao preço dos materiais utilizados na construção do aparelho, os radares acabam se tornando alvo de criminosos que roubam fiações de equipamentos públicos. Isso porque o preço dos fios de cobre quintuplicou desde o início da pandemia, além de ter sofrido um novo aumento com a guerra na Ucrânia.
Conforme informado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a instalação de novos cabos leva mais de 12 horas de trabalho, além de afetar no funcionamento do trânsito no local. O ato também gera impactos pela interrupção de serviços de telefonia, transportes e de energia elétrica.