Talvez uma das escolhas mais difíceis seja a de bater o martelo e escolher o nome para o seu filho. Hoje há, inclusive, especialistas em nomes que auxiliam os pais nessa tomada de decisão. E são justamente estes profissionais que apontam uma nova tendência: escolher nomes ou apelidos que soem “legais” em redes sociais como, por exemplo, o TikTok ou o Instagram.
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Em entrevista ao site New York Post, Steph Coffield, de 40 anos, mencionou que a comunicação e a tecnologia estão ocupando um espaço importante e ajudam no processo de oferecer à criança uma “identidade única”.
Nesse sentido, ela observou que as pessoas desejam batizar os seus filhos com uma identidade exclusiva. Na prática, os pais esperam que os filhos possuam um nome que seja adequado para o uso nas redes sociais. A consultora cobra até US$ 500 (aproximadamente R$ 2.500) para realizar essa consultoria de escolha do nome perfeito para os filhos.
Nomes menos convencionais
A coach de nomes aponta que nomes menos convencionais de bebês estão ganhando popularidade. Ela acredita que isso seja um ponto positivo, uma vez que nomes mais exclusivos podem superar os mais tradicionais como, por exemplo, John (João) e Mary (Maria). Coffield também aponta que nomes exclusivos também funcionam bem como apelidos interessantes para o uso nas mídias sociais. Assim, nomes como Ferris, Keaton e Townsend têm feito sucesso entre pais de meninos.
Já quando se trata de meninas, Birdena, Doretta e Velma são as apostas da consultora. Além disso, outra tendência para este ano são nomes com a terminação “ie”.
“Acredito que veremos muito mais Sonnys e Lennies – tanto Lennie quanto Lenny – porque as pessoas estão gostando bastante desse final ‘ie’ tanto para meninos quanto para meninas”, argumentou Coffield.
Sobrenomes
Igualmente, a consultora também aponta que é popular, no momento, o uso de sobrenomes como primeiros nomes ou mesmo atribuir nomes tidos como masculinos para as meninas. “As pessoas estão optando por Barrett para meninos. Para as meninas, estou vendo uma crescente tendência de nomes masculinos, não apenas Logan e James, mas também Denver e Murphy”, completou.
Tradição
A coach de nomes ainda observa que, muitas vezes, a família quer colocar um nome tradicional, relacionado ao histórico familiar nos meninos. Já quando se trata de meninas, há menos pressão social e, portanto, há mais possibilidades de escolha.
Coach de nomes
Coffield também é defensora de nomes de gênero neutro. Tanto que ela publicou o livro “Nomes não têm gênero”, em 2022. Referência na área, seus serviços variam de US$ 25 por cinco sugestões de nomes a US$ 500 por algo que ela delimita como “experiência interativa”. Na prática, o pacote oferece sugestões de nomes ilimitadas, três videochamadas, além de um certificado personalizado.
A profissional ganhou reconhecimento ao falar sobre o empoderamento do nascimento no TikTok, onde já soma mais de 267.000 seguidores. “Eu estava recebendo tantos pedidos que tive que começar a cobrar por isso”, lembra ela.
Resistência
Apesar de ser uma defensora dos nomes incomuns, Coffield explica que eles encontram certa resistência. Tanto que os usuários das redes sociais frequentemente questionam acerca de como esses apelidos únicos envelhecerão.
“As pessoas dizem: ‘Bem, e quando crescerem?’ e até esse ponto – olhe para Dolly Parton. O nome dela é Dolly e ela é um ícone. Ela era dona desse nome”, declarou Coffield.
Por fim, ela explica que não se importa com a idade da pessoa e sim se o nome funciona ou não.
