Há algumas décadas, o peito de peru, assim como o blanquet, fiambre e mesmo o presunto magro, marcavam presença nas dietas. Eles eram vistos como alimentos saudáveis. Hoje já se sabe que não é bem assim. Tais alimentos entraram para lista dos que devem ser evitados tanto por quem está querendo perder peso quanto para a promoção da saúde.
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Isso ocorre porque eles são alimentos ultraprocessados. Antigamente eles faziam parte de dietas por serem fontes de proteínas e também por não terem alta densidade energética. Isso ocorria porque as dietas para perda de peso focavam apenas no ganho calórico, sem muitas preocupações com a qualidade nutricional do alimento.
Na prática, eles são vilões da saúde por terem, em sua composição, além de proteínas animais e vegetais, altas concentrações de gordura, açúcar, sal, corantes, estabilizantes, aromatizantes, realçadores de sabor e outros aditivos.
Ultraprocessados
Não se pode esquecer que os alimentos ultraprocessados possuem alta correlação com aumento de doenças crônicas não transmissíveis. É o caso, por exemplo, da obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, assim como doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer.
E é por isso que, em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, em comunicado, que o consumo excessivo de carnes processadas aumenta o risco de desenvolvimento de câncer. Portanto, opções como salsicha, presunto, salame e mortadela não devem fazer parte da dieta diária de qualquer pessoa.
Prova disso é um estudo de meta-análise (avaliação de vários estudos publicados) que apontou que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal em 18%. Vale lembrar, inclusive, que esse tipo de câncer é o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens no mundo. Os dados são da Organização Mundial de Saúde.
Substituições
Seja para rechear sanduíches ou tapiocas, há substituições saborosas e mais saudáveis que os embutidos. Portanto, abuse de opções como ovos mexidos, pasta de ovo, pasta de frango, rosbife, homus, pasta de tofu, pasta de amendoim, ricota, cottage, queijo minas ou mesmo muçarela de búfala.
Já no caso de dietas para controle de peso também é necessário observar a quantidade e a qualidade dos alimentos.
Portanto, não basta contar as calorias e fazer o déficit energético, como ocorria no passado. A qualidade alimentar importa quando há preocupação real com a saúde. Assim, o aumento da variedade de alimentos, assim como a preferência por opções in natura ou minimamente processadas são fundamentais para uma vida mais saudável.