Ao contrário do esperado por muitos brasileiros, o presidente Lula afirmou que não haverá a criação do “vale-carne“. Em entrevista ao SBT Brasil, o presidente criticou o projeto criado por um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul, apresentado ao ministro Paulo Teixeira em 2023. Segundo o próprio ministro, a ideia está sendo analisada no Governo Federal. Contudo, com a declaração do presidente, há poucas chances de ela avançar.
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“Não existe essa bobagem. É uma bobagem muito grande, porque, veja, isso foi o seguinte: um cidadão entregou uma carta ao ministro, e esse ministro mandou a carta para Casa Civil e disse para a imprensa que iria estudar”, afirmou o presidente Lula durante entrevista. Lula afirmou ainda que a proposta foi enviada por um cidadão ao ministério, e não uma medida advinda de um estudo e análise do governo.
“Eu ri muito quando vi a notícia do vale carne, sinceramente. Eu não acreditei que pudesse ser verdade”, completou Lula. Além disso, o presidente afirmou ainda que a prioridade do Governo é diminuir o valor cobrado pela carne. “Mas já abaixou, é importante lembrar. Não abaixou o tanto que a gente queria, mas já abaixou muito o preço da carne”, completou o presidente.
O que é o projeto Carne no Prato?
O programa Carne no Prato, conhecido também como vale-carne, foi uma proposta enviada ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, por um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Ao se deparar com a ideia, o ministro enviou o texto para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social.
“Nós recebemos essa proposta de produtores rurais, pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Eles achavam que esse tema da carne pudesse ganhar o status de um benefício para dar condição de acesso aos beneficiários do Bolsa Família e promover o acesso dos beneficiários do Bolsa Família à carne”, afirmou o ministro Paulo Teixeira ao O Estado de S. Paulo.
Conforme a proposta apresentada, o programa seria ofertado apenas para as famílias inscritas no CadÚnico. O valor de R$ 35 seria passado mensalmente as famílias por meio de um voucher, que seriam utilizados somente para a compra de carne bovina em açougues e supermercados conveniados.
