Os brasileiros que precisam de medicamentos de uso frequente poderão ver suas contas na farmácia aumentando a partir da próxima semana. O reajuste anual dos medicamentos está marcado para o dia 31 de março, data em que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) irá divulgar o ajuste dos preços dos medicamentos.
Veja também: Remédios mais caros? Preço do transporte de medicamentos pode aumentar 50%
Neste ano, o índice autorizado para o reajuste será de 4,5%, conforme a previsão de especialistas no setor farmacêutico. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os valores deste ano ainda não foram informados pela CMED, responsável pela regulação econômica das medicações no país.
Como é definido o reajuste anual do CMED?
O percentual de aumento anual é determinado por meio de um cálculo que leva em consideração o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e outros três fatores, intitulados X, Y e Z. O reajuste anual é determinado pela Lei 10.742/2003, se dando pelo estabelecimento de limite máximo, ou seja, o teto dos medicamentos.
O reajuste leva em consideração a inflação medida pelo IPCA e outros três fatos, sendo eles:
- Fator de Produtividade (Fator X): reajuste de preços realizados para medicamentos em 2023;
- Fator de preços relativos entre setores (Fator Y);
- Fator de ajuste de preços relativos intra-setores (Fator Z).
Como pagar mais barato nas medicações?
Conforme estabelecido pela legislação, os medicamentos genéricos devem ser, no mínimo, 35% mais baratos do que os medicamentos de referência. Os genéricos surgem como uma opção mais barata para os pacientes que possuem menores condições financeiras. Por serem cópias de medicamentos já conhecidos no mercado farmacêutico, os genéricos não exigem investimento em pesquisa para serem desenvolvidos, fator que influencia diretamente em seu preço.
Outra opção para diminuir os custos com medicação é o uso do Programa Farmácia Popular do Brasil, criado pelo Governo Federal em parceria com farmácias e drogarias da rede privada. Com ele, é possível que os cidadãos tenham acesso a medicamentos gratuitos para o tratamento de diversas doenças, como hipertensão e diabete.