Durante a pandemia de Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a venda de álcool 70% para a população em geral. O produto era utilizado para a desinfecção de superfícies, embalagens e também das mãos durante a pandemia causada pelo vírus. Assim, a venda do produto havia sido autorizada em 2020, prorrogada por diversas vezes devido à doença.
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No entanto, a Anvisa voltou a proibir a comercialização do álcool líquido 70%, com a última autorização tendo se encerrado em dezembro de 2023. Com isso, os estabelecimentos têm até o dia 30 de abril para venderem todo o estoque que possuem do produto. A partir do dia 1º de maio, a venda do álcool líquido volta a ser proibido.
Em contrapartida, o álcool 70% em gel continua liberado, podendo ser adquirido pelos consumidores para a desinfecção das mãos e superfícies. Com a mudança, o álcool 70% líquido volta a ser vendido apenas em lojas de produtos hospitalares.
Medida visa evitar acidentes com o produto
Antes da pandemia, o produto possuia sua venda restrita devido ao alto risco de acidentes por ser um líquido altamente inflamável. Em 2002, o produto líquido foi substituído pela versão em gel, visando diminuir o risco de acidentes e manter a eficácia na limpeza. Porém, com o surgimento da doença e a comprovação da ação do álcool 70% para descontaminação de superfície e mãos, a Anvisa liberou a ampla venda do produto em diferentes pontos de comércio.
Dessa forma, os consumidores conseguiam encontrar o álcool 70% líquido em supermercados e farmácias. Por esse motivo, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) se posicionou contra a decisão da Anvisa de proibir a venda do produto em alta escala. Segundo a Abras, o consumidor ficará sem um produto com melhor custo-benefício, visto o alto preço cobrado no álcool 70% em gel.
Na versão em gel do álcool, o derramamento do produto é evitado. Assim, é possível evitar que grandes partes do corpo dos usuários seja queimada em caso de acidentes domésticos. Por fim, desde a última autorização da Anvisa, concedida em 2022, mais de 64 milhões de álcool 70% líquido foram comercializados nos supermercados brasileiros.