Os brasileiros interessados em se tornar doador de órgãos poderão registrar o seu desejo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A medida passou valer nesta terça-feira (2), permitindo o cadastramento de cidadãos na lista de doadores de órgão pelo site ou aplicativo do CNJ. Com isso, os familiares e o sistema de saúde terão a garantia da decisão do cidadão.
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Atualmente, a doação em caso de morte encefálica deve ser autorizada pela família do paciente. Mesmo com o cadastramento, a autorização precisará ser concedida pela família. Contudo, a lista irá fazer a fila andar mais rápido, tornando o desejo da doação de órgãos mais transparente. A lista de espera para um transplante no Brasil possui 42 mil pessoas, sendo 500 delas crianças. Em 2023, 3 mil pessoas faleceram antes mesmo de conseguirem um doador compatível.
“Com essa campanha, nós vamos ter uma declaração inequívoca. Quem quiser doar vai poder de maneira rápida, simples, gratuita, deixar isso registrado – ‘eu quero ser um doador, eu quero salvar vidas’ -, e a partir dali, uma consulta também muito rápida pelos órgãos de saúde para permitir a doação e o transplante de órgãos”, afirmou o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça.
Como manifestar o interesse em ser doador de órgãos?
Os cidadãos interessados em manifestar a doação de órgãos devem acessar o site www.aedo.org.br ou o aplicativo. Para isso, será necessário solicitar um certificado digital notarizado, onde será inserido as informações pessoais do doador. Com o cadastramento, o Sistema Nacional de Transplantes terá acesso à autorização.
Após o acesso, os médicos e responsáveis pelo transplante apresentarão o documento da família, comprovando o desejo e vontade do doador. O intuito da medida é auxiliar a decisão dos familiares neste momento doloroso. Em paralelo ao lançamento do cadastramento, o Conselho Nacional de Justiça, em parceria com os cartórios e Ministério da Saúde, está realizando uma campanha para estimular as doações.
