Como o sangue é descartado após os exames?

Desde a coleta até o descarte final, veja o que acontece com seu sangue utilizado para exames.



Depois que você faz um exame de sangue, muita coisa acontece nos bastidores até que a amostra seja processada e descartada corretamente. Isso significa, então, que a coleta do seu sangue é apenas o início de um longo caminho.

Primeiro, o profissional coleta a amostra, garantindo a higiene do local e das próprias mãos. Uma vez coletado, seu sangue segue para o laboratório, onde será analisado e, possivelmente, armazenado sob refrigeração para futuros testes.

A jornada do seu sangue

O transporte do seu sangue para o laboratório é feito com cuidado. Após a coleta, o sangue pode ser armazenado em temperaturas específicas para garantir sua estabilidade.

A duração desse armazenamento varia conforme o tipo de análise: bioquímica, hematológica ou imunológica. Então, as orientações dos fornecedores dos kits de diagnóstico são seguidas rigorosamente para manter a integridade da amostra.

Segundo Eduardo Castro, da Vyttra Diagnósticos, em entrevista ao Canaltech, o armazenamento depende do tipo de material biológico e do tipo de análise a ser realizada. O sangue pode ser mantido com anticoagulantes para preservar sua integridade.

Após os testes, a amostra precisa ser descartada corretamente, pois é considerada potencialmente infectante. Ou seja, isso protege os profissionais de laboratório, o meio ambiente e a saúde pública de doenças infecciosas.

Depois dos testes, o descarte do sangue segue normas rígidas para evitar riscos. Conforme a RDC nº 222 de 28 de março de 2018, as amostras contaminadas ou mal conservadas devem ser tratadas antes do descarte final.

No entanto, o sangue não pode ser jogado no lixo comum ou na pia, pois isso coloca em risco os profissionais de saúde e o meio ambiente. Dessa forma, ele deve passar por tratamento específico, como a autoclavagem, para eliminar agentes prejudiciais.

(Foto: WeStudio/Shutterstock)

Descarte correto do sangue: importância e procedimentos

Esses resíduos pertencem ao Grupo A, que inclui materiais com alto risco de infecção. Segundo Castro, a má gestão desses resíduos pode contaminar esgotos e colocar em risco a saúde pública.

Assim, o sangue precisa ser tratado antes de chegar ao esgoto, atendendo normas ambientais rigorosas. Empresas especializadas em gestão de resíduos biológicos ajudam a garantir que todas as etapas sejam seguidas corretamente.

Várias tecnologias podem ser usadas. A autoclave é uma das mais eficientes, desinfetando os resíduos sem precisar de licenciamento ambiental. O controle químico e biológico garante a eficácia do processo. Além disso, a incineração deve seguir normas ambientais rígidas devido ao risco de emissão de poluentes.

Após o tratamento, o destino dos resíduos deve ser seguro. O sangue pode ser descartado em aterros controlados ou esgotos, conforme licenciamento ambiental. Então, o solo precisa estar preparado para receber esses materiais, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação.

Fazer exames anuais é necessário?

Sim, eles ajudam a monitorar sua saúde, detectando precocemente doenças que podem ser tratadas com mais eficiência se descobertas cedo. Afinal, exames de sangue verificam níveis de colesterol, glicose, vitaminas e minerais, indicando possíveis deficiências ou excessos.

Além disso, exames anuais ajudam a ajustar tratamentos e acompanhar a evolução de doenças crônicas. Eles são fundamentais para prevenir complicações, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Portanto, mesmo que pareça um incômodo, manter seus exames em dia é um investimento importante na sua saúde a longo prazo.

*Com informações de Canaltech.




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