A estrutura populacional do Brasil está passando por uma significativa transformação. Em 2022, a estimativa populacional do país foi de 210,86 milhões de pessoas, um aumento de 3,9% em relação ao número apurado pelo Censo Demográfico do mesmo ano, que contabilizou 202,95 milhões de habitantes.
O ajuste reforça a importância de observar as tendências demográficas para entender o futuro do país. Minas Gerais, por exemplo, foi estimado em 20,53 milhões de habitantes, consolidando-se como o segundo estado mais populoso do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo.
População por estado no Brasil, segundo o IBGE
Confira abaixo a lista do índice demográfico de cada estado brasileiro:
- São Paulo: 44.411.238 habitantes
- Minas Gerais: 20.539.989 habitantes
- Rio de Janeiro: 16.055.174 habitantes
- Bahia: 14.141.626 habitantes
- Paraná: 11.444.380 habitantes
- Rio Grande do Sul: 10.882.965 habitantes
- Pernambuco: 9.058.931 habitantes
- Ceará: 8.794.957 habitantes
- Pará: 8.121.025 habitantes
- Santa Catarina: 7.610.361 habitantes
- Goiás: 7.056.495 habitantes
- Maranhão: 6.775.805 habitantes
- Amazonas: 3.941.613 habitantes
- Espírito Santo: 3.833.712 habitantes
- Paraíba: 3.974.689 habitantes
- Mato Grosso: 3.658.649 habitantes
- Rio Grande do Norte: 3.302.729 habitantes
- Piauí: 3.271.199 habitantes
- Alagoas: 3.127.683 habitantes
- Mato Grosso do Sul: 2.757.013 habitantes
- Distrito Federal: 2.817.381 habitantes
- Sergipe: 2.210.004 habitantes
- Tocantins: 1.511.460 habitantes
- Rondônia: 1.581.196 habitantes
- Amapá: 733.759 habitantes
- Roraima: 636.707 habitantes
- Acre: 830.018 habitantes
População brasileira está envelhecendo em ritmo mais acelerado – Foto: Canva Pro
Envelhecimento da população
O Censo ainda mostra que o Brasil começará a vivenciar uma redução em sua população a partir de 2042, com uma previsão de 199,2 milhões de habitantes em 2070, número inferior ao atual.
Nessa mudança, chama a atenção o aumento expressivo na faixa etária de 60 anos ou mais, que deverá representar quase 40% da população total em 2070.
Esse envelhecimento acelerado demandará revisões nas políticas públicas, especialmente nas áreas de Previdência Social, saúde e educação.
Com o fim do bônus demográfico, período em que há mais pessoas em idade ativa do que dependentes, o país precisará reajustar algumas estratégias. Se isso não acontecer, o sistema previdenciário e o atendimento às necessidades de uma população predominantemente idosa poderão ser abalados.
Medidas como a requalificação da força de trabalho e a inclusão digital para os mais velhos serão cruciais para manter essas pessoas ativas no mercado de trabalho.
Desafios econômicos
O envelhecimento da população brasileira trará impactos econômicos significativos, especialmente no que tange ao sistema de Previdência Social. Com uma parcela crescente da população em idade de aposentadoria, o Brasil já enfrenta um alto investimento do Produto Interno Bruto (PIB) no sistema previdenciário, e continuar a aumentar esse gasto não é uma solução viável a longo prazo.
Portanto, será essencial implementar reformas periódicas para equilibrar as finanças e garantir que o sistema continue a atender às necessidades da população.
Além disso, o sistema de saúde também enfrentará pressões maiores, com o aumento de doenças crônicas e degenerativas, comuns em populações mais velhas. Esses tratamentos tendem a ser mais caros e complexos, aumentando os custos para o sistema de saúde.
Para enfrentar esses desafios, o Brasil precisará se preparar, ajustando suas políticas públicas para garantir que a população idosa tenha acesso a cuidados de saúde adequados e uma qualidade de vida digna.
Esse cenário demográfico em transformação exige um planejamento estratégico cuidadoso para assegurar que o Brasil esteja preparado para as mudanças que ocorrerão nas próximas décadas.
A adaptação a essa nova realidade será fundamental para manter a estabilidade econômica e o bem-estar da população.