Todos sabemos que beber água é essencial para manter o corpo hidratado e funcionando corretamente. O consumo recomendado geralmente é de dois litros por dia, mas essa regra pode não ser tão rígida quanto parece. Isso porque novas evidências têm surgido, sugerindo que talvez não seja necessário consumir exatamente essa quantidade.
Cerca de 70% do corpo humano é composto por água, o que torna a hidratação crucial para o bom funcionamento do organismo. A água regula a temperatura corporal, transporta nutrientes e elimina toxinas, desempenhando um papel vital em nossa saúde.
Segundo o nefrologista Joel Topf, professor clínico na Oakland University, em entrevista ao The New York Times, a água é uma escolha nutricionalmente superior às bebidas como suco e refrigerante.
No entanto, Topf destaca que a hidratação não precisa se limitar à água pura, pois café, chá e leite também são boas opções para manter o corpo hidratado.
Benefícios da hidratação
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Hidratar-se adequadamente traz inúmeros benefícios: a água auxilia na digestão, melhora a circulação, mantém a pele saudável e contribui para a concentração.
Ao optar pela água em vez de bebidas açucaradas, você reduz a ingestão de calorias desnecessárias e protege órgãos como os rins e o fígado, responsáveis por filtrar toxinas.
Além disso, a água regula a temperatura corporal, ajuda na absorção de nutrientes e hidrata a pele, prevenindo problemas como a acne.
Quantos litros de água beber por dia, afinal?
Embora a recomendação de dois litros por dia seja muito divulgada, estudos indicam que essa quantidade pode ser excessiva para muitas pessoas. Logo, consumir entre 1,5 e 1,8 litros de água por dia já pode ser suficiente para esse público.
Sabe-se que a necessidade de água varia conforme o tamanho do corpo, a temperatura externa, a quantidade de suor e as condições de saúde. Nesse contexto, para a maioria das pessoas jovens e saudáveis, Topf recomenda beber água apenas quando se sentir sede.
Contudo, pessoas com condições de saúde específicas, como pedras nos rins, podem se beneficiar ao aumentar a ingestão de água além da sede.
Existe um limite?
Por mais que beber água seja extremamente benéfico, é importante não exagerar, pois o excesso também pode ser prejudicial. Quando a ingestão de água ultrapassa a capacidade dos rins de excretá-la, os eletrólitos do sangue, como o sódio, podem se diluir excessivamente.
Isso pode levar a uma condição conhecida como hiponatremia, ou “intoxicação por água”, em que os níveis de sódio no sangue caem perigosamente.
A hiponatremia pode causar sintomas como náuseas, dores de cabeça, confusão mental e, em casos extremos, até convulsões e coma. Portanto, recomenda-se beber água de forma equilibrada, respeitando os sinais do próprio corpo.