Viver nos Estados Unidos e se sentir rico é um objetivo que muitos têm, mas a realidade financeira para alcançar esse status pode ser surpreendente. De acordo com a Pesquisa Anual de Riqueza Moderna do banco Charles Schwab, os americanos precisam de um patrimônio líquido de US$ 2,5 milhões (R$ 13.907.777,50 na cotação atual) para realmente se considerarem ricos.
Esse número é impressionante por si só, mas torna-se ainda mais marcante quando comparado à renda familiar média no país, que gira em torno de US$ 74.580 anuais (R$ 414.896,82). Portanto, sentir-se abastado demanda um valor cerca de 30 vezes maior do que o que a maioria das famílias ganha em um ano.
A pesquisa destacou que esse valor, embora já elevado, é apenas uma média nacional. Ou seja, em cidades como Nova York e São Francisco, onde o custo de vida é mais alto, o valor necessário para atingir essa sensação de riqueza pode ser muito maior.
Em Nova York, o montante para “se sentir rico” sobe para US$ 2,9 milhões (R$ 16.133.280), enquanto em São Francisco, onde os preços dos imóveis e o custo de vida são exorbitantes, esse valor chega a impressionantes US$ 4,4 milhões (R$ 24.478.080).
O que significa ser rico nos Estados Unidos?
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Para muitos americanos, ser rico nos Estados Unidos não se resume apenas a ter um patrimônio líquido alto, mas sim ao poder de compra e à segurança financeira que esse dinheiro proporciona.
A pesquisa do Charles Schwab deixa claro que, mesmo entre aqueles com patrimônios consideráveis, ainda existe uma sensação de que a riqueza é relativa, especialmente em áreas com altos custos de vida.
Por exemplo, em São Francisco, apenas 16% dos entrevistados afirmam que estão financeiramente estáveis, o que demonstra o impacto significativo que o ambiente econômico local pode ter sobre a percepção de riqueza.
A maioria das pessoas que vivem nas cidades mais caras do país, como Nova York e São Francisco, cita o alto custo de vida e os preços inacessíveis dos imóveis como os principais desafios para se sentirem ricas.
Isso mostra que, apesar de um patrimônio considerável, o sentimento de riqueza pode ser uma meta distante se os custos do dia a dia forem elevados.
Diferentes realidades nas cidades americanas
O levantamento da Charles Schwab também revela que a definição de riqueza nos Estados Unidos varia consideravelmente de uma cidade para outra. Em cidades como Nova York, ser considerado rico requer um patrimônio significativamente maior do que na média nacional.
Por outro lado, cidades com um custo de vida menor podem fazer com que o mesmo valor de patrimônio ofereça uma sensação maior de segurança e riqueza.
No entanto, o estudo indica que a disparidade entre a renda média e o patrimônio necessário para se sentir rico é um fenômeno presente em todo o país, ainda que com variações de intensidade.
Esse cenário destaca a importância de considerar o contexto local ao avaliar o que significa ser rico nos Estados Unidos.
O valor de US$ 2,5 milhões (R$ 13.907.777,50) é uma média nacional, mas para aqueles que vivem nas cidades mais caras, pode ser apenas o começo para se aproximar dessa sensação.