Escolher o nome de um bebê é uma decisão única para os pais, carregada de tradições culturais e muitas vezes inspirada por tendências ou por personalidades influentes.
No Brasil, a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) divulga anualmente os dados de registro civil, revelando as preferências nacionais e regionais de nomes mais escolhidos.
Em 2023, “Miguel” e “Helena” foram os campeões de registros em todo o território nacional, refletindo uma forte predileção por nomes curtos e clássicos.
Além do ranking nacional, cada estado do Brasil revela particularidades em suas escolhas de nomes.
Com mais de 25 mil registros, Miguel lidera nacionalmente entre os meninos, seguido de perto por Gael e Theo. Para as meninas, Helena ocupa o primeiro lugar, sendo acompanhada por Maria Alice e Alice em muitas regiões.
Nomes mais registrados no Brasil
Os dados da Arpen-Brasil mostram uma preferência clara por nomes como Miguel (25.140 registros) e Helena (23.047 registros), ambos predominantes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Gael e Theo completam os nomes masculinos mais populares, enquanto Maria Alice e Alice lideram entre as opções femininas.
Esses nomes combinam tradição com a tendência por opções curtas e de fácil pronúncia, facilitando sua adoção por pais de diferentes regiões.
Preferências regionais
Região Sudeste
No Sudeste, a escolha por Helena e Miguel predomina, com os seguintes números de registros:
- Helena – 12.791 registros;
- Miguel – 12.661 registros.
Distribuição por estados:
- São Paulo: Helena (6.713), Miguel (6.577);
- Rio de Janeiro: Gael (2.582), Theo (2.340), Laura (2.078);
- Minas Gerais: Miguel (2.746), Helena (2.687);
- Espírito Santo: Miguel (761), Helena (745).
Região Sul
No Sul, o nome Miguel lidera as preferências, seguido de perto por Helena, refletindo um gosto por nomes tradicionais e curtos.
- Miguel – 4.780 registros;
- Helena – 4.589 registros.
Distribuição por estados:
- Paraná: Miguel (1.907), Helena (1.822);
- Santa Catarina: Miguel (1.178), Helena (1.103);
- Rio Grande do Sul: Miguel (1.454), Helena (1.438).
Região Centro-Oeste
No Centro-Oeste, Helena e Miguel lideram novamente, com um total próximo para ambos os nomes.
- Helena – 2.761 registros;
- Miguel – 2.748 registros.
Distribuição por estados:
- Goiás: Miguel (1.108), Helena (1.094);
- Mato Grosso: Miguel (615), Helena (607);
- Mato Grosso do Sul: Helena (457), Miguel (431);
- Distrito Federal: Helena (448), Miguel (434).
Região Nordeste
No Nordeste, os nomes Maria Alice e Maria Cecília são amplamente populares entre as meninas, enquanto João Miguel é uma escolha frequente para meninos.
- Maria Alice – 6.886 registros;
- Maria Cecília – 6.576 registros.
Distribuição por estados:
- Alagoas: Maria Cecília (428), João Miguel (364);
- Bahia: Gael (2.213), Theo (1.685);
- Ceará: Maria Alice (1.035), João Miguel (880);
- Pernambuco: Maria Alice (1.097), Maria Cecília (947).
Região Norte
Na região Norte, Miguel e Gael estão entre os nomes masculinos favoritos, enquanto Maria Cecília e Helena lideram para as meninas.
- Miguel – 1.153 registros;
- Gael – 1.040 registros.
Distribuição por estados:
- Amazonas: Arthur (358), Miguel (356);
- Pará: Gael (807), Maria Cecília (769);
- Rondônia: Miguel (256), Helena (245);
- Tocantins: Miguel (269), Helena (229).
Influência das redes sociais e da cultura pop
A escolha de nomes no Brasil também sofre forte influência de celebridades e influenciadores. Nomes como Gael e Maria Alice, por exemplo, são popularizados por figuras da mídia. Gael, o filho do influenciador Christian Figueiredo, ganhou notoriedade e se posicionou como um dos nomes mais escolhidos nacionalmente.
Do mesmo modo, Maria Alice, filha da influenciadora Virgínia Fonseca, alcançou destaque e se tornou um nome muito querido no Nordeste e em outras regiões. Essa influência das mídias sociais tem reforçado a tendência por nomes curtos e de fácil pronúncia.
Nomes bíblicos e curtos, como Davi, Noah e Liz, além de outras opções mais modernas, como Ravi e Isis, vêm ganhando força, apesar de não ocuparem o topo do ranking.
É provável que as próximas listas tragam cada vez mais diversidade, mesclando nomes tradicionais com opções inovadoras.
Essa mudança é impulsionada tanto pelo desejo dos pais por nomes distintos quanto pela acessibilidade a influências globais por meio da internet e das redes sociais.
*Com informações de Estadão e Agência Brasil.