Os passageiros da classe econômica na Europa perderão mais um benefício nos próximos meses. A Air France e a KLM, duas das maiores companhias aéreas do continente europeu, decidiram suspender o serviço de refeições grátis em voos de curta e média duração.
Essa mudança, que ainda preservava um último vestígio de comodidade nos tempos áureos das empresas do setor, será implementada a partir do próximo ano pela Air France e até 2025 pela KLM.
A decisão afeta rotas onde tais companhias competem com empresas low cost e tradicionais.
Air France adota novo modelo de serviço
A Air France iniciará a mudança em suas rotas de Paris para Lisboa e Helsinque. A partir do próximo ano, os passageiros dessas rotas terão acesso gratuito apenas a bebidas como água, chá e café, além de biscoitos doces.
Outros itens alimentares passarão a ser vendidos à la carte, ou seja, o cliente terá que pagar para comer.
De acordo com a companhia francesa, a iniciativa visa alinhar a empresa às tendências de mercado e oferecer um serviço mais eficaz e adaptado às expectativas dos consumidores.
A Air France reafirma seu compromisso de continuamente buscar oportunidades para melhorar sua oferta.
KLM segue a mesma tendência
Seguindo o exemplo da Air France, a KLM planeja adotar o serviço de refeições pagas em seus voos europeus de curta e média distância a partir de 2025. Nos voos operados pela companhia holandesa, os passageiros da classe econômica continuarão a receber água, chá e café gratuitamente.
A empresa justifica a decisão citando ajustes semelhantes feitos por concorrentes e destaca que o novo serviço permitirá oferecer mais opções e produtos premium aos passageiros.
A mudança não surpreende, pois reflete uma tendência global no setor. Companhias aéreas tradicionais da Europa, como TAP, Lufthansa, Iberia, British Airways, ITA, SAS e Swiss, já implementaram a política de compra a bordo em suas rotas de curta e média duração.
O serviço gratuito permanece apenas em voos intercontinentais de longa duração. Essa tendência resulta em mais uma perda para os passageiros, que novamente veem o fim de um benefício outrora comum.