Em vigor desde 1º de janeiro de 2016, o Novo Acordo Ortográfico buscou unificar a escrita em países lusófonos, como Brasil e Portugal. No entanto, a adaptação a essas mudanças ainda gera dúvidas em muitos falantes da Língua Portuguesa.
Com o objetivo de facilitar a comunicação entre nações que compartilham o português, a reforma ortográfica trouxe alterações significativas. Entre elas, está a inclusão das letras K, Y e W ao alfabeto, ampliando-o de 23 para 26 letras.
Além disso, as regras de acentuação e o uso do hífen também sofreram modificações.
Palavras com grafia alterada
Embora a norma esteja em vigor há anos, é comum que as pessoas ainda escrevam de acordo com as antigas regras, sobretudo aquelas alfabetizadas antes de 2006. Confira algumas palavras que ainda provocam muita confusão:
1. Acentuação e ditongos
Termos como “ideia” e “assembleia” perderam o acento agudo devido à presença do ditongo aberto “ei”. Anteriormente, eram escritos como “idéia” e “assembléia”.
2. Hiatos e uso do hífen
Palavras como “voo” e “enjoo” tiveram o acento circunflexo removido devido ao hiato “oo”. Já “micro-ondas” passou a ser grafada com hífen, ao contrário do antigo “microondas”.
3. Duplicação de letras
A duplicação de letras também foi uma mudança significativa. Por exemplo, “antissocial” e “minissaia” são escritas sem hífen, ao contrário de “anti-social” e “mini-saia”.
4. Outras palavras
- Veem: antes “vêem”, agora sem acento circunflexo.
- Super-herói: mantém o hífen devido ao “h”.
Novo Acordo Ortográfico
Em 2016, o Brasil passou a adotar oficialmente o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Inicialmente, as mudanças estavam previstas para 2013, mas foram adiadas devido a discordâncias e críticas.
O acordo foi assinado em 1990 e ratificado pelo Brasil em 2008. Desde 2009, as novidades vinham sendo aplicadas de forma não obrigatória, mas em 2016 o país se juntou a Portugal e Cabo Verde, que já haviam implementado plenamente as normas.
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) busca, com essa padronização, facilitar o intercâmbio cultural e científico entre seus membros. Além disso, espera-se que a uniformização amplie a divulgação da literatura e do idioma português.