A Academia Brasileira de Letras (ABL) decidiu incorporar o termo “coworking” ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Esta inclusão reflete a crescente popularidade desse conceito no Brasil. A atualização constante do VOLP busca manter o idioma em sintonia com as transformações sociais e tecnológicas.
Entre os novos vocábulos, muitos são de origem estrangeira e se tornaram comuns no cotidiano, como “coworking”. Esses termos são incorporados ao idioma oficial quando passam a fazer parte da vida diária das pessoas, representando mudanças significativas na sociedade.
Coworking é um conceito que surgiu nos Estados Unidos e se popularizou no Brasil nos últimos anos. Ele descreve espaços compartilhados de trabalho onde profissionais de diferentes áreas colaboram, proporcionando inovação e oportunidades de networking.
A prática ganhou força com a busca por ambientes de trabalho mais flexíveis e colaborativos.
Origem do coworking
A ideia de coworking nasceu em 2005, em São Francisco, pelas mãos de Brad Neuberg, inspirado por um termo criado em 1999 por Bernie de Koven. Neuberg, junto a outros empreendedores, estabeleceu o primeiro espaço moderno de coworking.
Esse modelo inicial consistia em um ambiente físico onde profissionais poderiam trabalhar juntos, promovendo a interação e a troca de experiências.
Desde então, o conceito se expandiu, atraindo empreendedores e freelancers em busca de um local que oferecesse mais liberdade.
Foto: Drazen Zigic/Shutterstock
Os coworkings são reconhecidos por criar ambientes produtivos que incentivam a troca de ideias e o networking. Eles se destacam como uma alternativa aos escritórios tradicionais, estimulando comunidades dinâmicas e inovadoras.
Os espaços de coworking costumam oferecer escritórios privados, salas de reuniões e áreas de convivência, além de serviços como internet de alta velocidade. Essa estrutura favorece a criação de uma rede colaborativa de profissionais.
Novidades no VOLP
Além de “coworking”, outras palavras foram adicionadas ao VOLP. Termos como “antirracista”, “compliance”, “lockdown” e “sororidade” refletem questões contemporâneas e dinâmicas sociais.
- Antirracista: contrário ao racismo.
- Bibliosmia: hábito de cheirar livros.
- Compliance: conformidade a regras empresariais.
- Dorama: drama asiático, séries japonesas ou coreanas.
- Feminicídio: assassinato de mulher por motivo de gênero.
- Home office: trabalho remoto.
- Judicialização: levar questões ao judiciário.
- Lockdown: limitação de circulação em surtos.
- Logar: acessar sistema com autenticação.
- Negacionismo: recusa de fatos estabelecidos.
- Necropolítica: poder sobre vida e morte.
- Poke: prato havaiano com peixe cru.
- Sororidade: união entre mulheres por igualdade.
Com essas adições, a ABL demonstra o compromisso em refletir a evolução da sociedade brasileira e o impacto cultural dos novos hábitos e práticas no idioma nacional.