A escolha de um curso superior é muitas vezes guiada pelas perspectivas salariais futuras. Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, saber a remuneração média de uma profissão pode influenciar significativamente essa decisão. No Brasil, a discrepância salarial é evidente em algumas carreiras.
De acordo com pesquisa realizada pelo Ibre/FGV, os professores da educação infantil são os que, dentre os profissionais com formação superior, recebem os menores salários. Com uma remuneração média de R$ 2.285, esse valor é inferior a dois salários mínimos.
A pesquisa, que analisou dados de 125 profissões da Pnad Contínua do IBGE, não só destacou os baixos salários dos profissionais da educação, mas também revelou a queda na remuneração de outras categorias ao longo dos anos.
Queda salarial afeta diversas profissões
A redução nas remunerações tornou-se evidente ao comparar os salários atuais com os de 2012. Professores de Arte, por exemplo, sofreram uma diminuição de 45% em seus ganhos, enquanto documentaristas enfrentaram uma queda de 32%.
Entre as profissões mais afetadas, além dos professores da educação infantil, estão outras funções da área educacional, como profissionais do Ensino Médio, Fundamental e de educação especial.
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10 carreiras com ensino superior mais mal remuneradas
As dez profissões de ensino superior com os piores salários foram listadas, destacando não apenas cargos da área da educação, mas também outras carreiras. Confira abaixo:
- Professores do ensino pré-escolar: R$ 2.285;
- Outros profissionais do ensino: R$ 2.554;
- Professores de Arte: R$ 2.629;
- Físicos e astrônomos: R$ 3.000;
- Assistentes sociais: R$ 3.078;
- Bibliotecários: R$ 3.135;
- Educadores para necessidades especiais: R$ 3.379;
- Profissionais de Relações Públicas: R$ 3.426;
- Fonoaudiólogos: R$ 3.485;
- Professores do Ensino Fundamental: R$ 3.554.
Em uma realidade onde a remuneração ainda é um dos fatores determinantes para escolhas profissionais, a valorização dessas carreiras continua a ser um desafio.
O estudo da Ibre/FGV serve como um alerta para a necessidade de se repensar políticas salariais e de valorização profissional.