Recentemente, um estudo chamou a atenção para os possíveis perigos de utensílios de cozinha, especialmente aqueles de coloração preta.
A pesquisa, realizada por renomados cientistas da Toxic-Free Future e da Universidade Vrije, da Holanda, e publicada na revista Chemosphere, revelou preocupantes descobertas sobre materiais usados no dia a dia doméstico.
Com o objetivo de examinar a presença de substâncias químicas potencialmente perigosas, os pesquisadores analisaram 203 itens variados, incluindo utensílios de cozinha, brinquedos e acessórios.
Os resultados demonstraram que uma significativa parcela desses produtos contém compostos tóxicos, destacando a necessidade de atenção e cuidado.
Composição química preocupante
O estudo revelou que cerca de 5% dos itens analisados possuíam bromados e organofosforados, conhecidos por suas propriedades retardantes de chamas.
Dentre os produtos estudados, a espátula de cozinha foi um dos mais problemáticos, junto a uma bandeja de sushi.
Além disso, constatou-se que 70% dos produtos continham éter decabromodifenílico (decaBDE), um poluente orgânico persistente, em níveis elevados.
Esse composto é amplamente utilizado em diversas embalagens, inclusive em recipientes de delivery, apesar das restrições existentes no Brasil.
Foto: Reprodução
Impactos no uso doméstico
Embora no Brasil o uso dessas substâncias seja proibido, a realidade é que elas ainda são encontradas em diversos itens. Isso levanta preocupações sobre o uso contínuo de utensílios contendo esses compostos.
A pesquisa sugere que os consumidores reavaliem seus hábitos, optando por alternativas mais seguras.
Confira a seguir um breve resumo sobre as principais medidas de segurança a serem tomadas em relação a estes acessórios:
- Verificar a composição dos utensílios antes da compra.
- Priorizar produtos que apresentem certificações de segurança.
- Evitar o uso prolongado de itens plásticos de coloração preta sem garantias de segurança.
Os resultados do estudo são um chamado à ação, incentivando tanto consumidores quanto fabricantes a buscarem materiais mais seguros e saudáveis para o cotidiano.
A conscientização sobre os riscos potenciais é o primeiro passo para mudanças significativas.