100% das praias brasileiras são poluídas por plástico, revela estudo

Pesquisa aponta níveis críticos de poluição plástica em praias de Santa Catarina e São Paulo, destacando a necessidade urgente de políticas públicas.



Um estudo realizado pela ONG Sea Shepherd Brasil, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, revelou elevados níveis de poluição por plásticos nas praias brasileiras.

A entidade alertou para a onipresença de microplásticos em 97% das praias analisadas, evidenciando a extensão da poluição marinha no litoral.

A pesquisa, que percorreu 7 mil km da costa em 16 meses, destacou a praia de Pântano do Sul, em Florianópolis, como a mais contaminada do país.

As praias do Sul e Sudeste do Brasil foram as mais afetadas pelas altas concentrações de resíduos, com destaque negativo para cidades como São Vicente e Mongaguá, em São Paulo.

Pesquisa abrangente e preocupante

O levantamento abrangeu 201 municípios, do Chuí ao Oiapoque, analisando uma área de 156.600 m², equivalente a 22 campos de futebol.

O resultado revelou que 100% das praias brasileiras contêm resíduos plásticos, com 91% desses resíduos sendo plásticos e, entre eles, 61% são descartáveis.

Pesquisa destaca a extensão da poluição marinha no litoral brasileiro. (Foto: Davi Correa/Shutterstock)

Em média, foram detectados 4,5 microplásticos e 0,5 macrorresíduo por metro quadrado nas praias, com destaque para as bitucas de cigarro como o macrorresíduo mais frequente. Confira um resumo dos dados alarmantes:

  • 306 praias analisadas.
  • 16 mil fragmentos de microplástico encontrados.
  • 72 mil macrorresíduos identificados.
  • 100% das praias do Brasil contêm resíduos plásticos.
  • 97% das praias contêm resíduos microplásticos.
  • Do total de resíduos, 91% são plásticos, dos quais 61% são descartáveis.

Impacto em praias isoladas

Além das áreas urbanas, praias mais remotas e protegidas também sofrem com a poluição por plásticos de uso único. Essas áreas, teoricamente mais preservadas, estão entre as mais impactadas, indicando a gravidade do problema.

Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil, destacou em reportagem à CNN Brasil a necessidade urgente de ação para mitigar a crise.

Ela enfatizou a importância de políticas públicas e mudanças culturais no consumo de plástico, com o objetivo de proteger o litoral brasileiro e seus ecossistemas.

A situação crítica exige uma resposta rápida e efetiva para evitar danos irreversíveis ao meio ambiente.

*Com informações da CNN Brasil.




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