A proximidade da morte traz reflexões sobre as escolhas de vida. Steve Jobs, por exemplo, uma vez destacou em um discurso memorável o poder de tais pensamentos para decisões significativas.
Profissionais da saúde e em cuidados paliativos, como Raphael Brandão, responsável pelo departamento de oncologia da Hospital São Camilo, identificam arrependimentos comuns em pacientes terminais.
Por sua vez, Raphael Brandão, chefe de oncologia da Rede São Camilo, compartilha que muitos pacientes lamentam o tempo não passado com entes queridos, o excesso de trabalho e sonhos não realizados.
Excesso de trabalho costuma aparecer na lista de arrependimentos da maioria dos pacientes – Imagem: Tara Winstead/Pexels
5 arrependimentos mais comuns de quem está próximo da morte
As confissões dadas neste momento crítico ressaltam a necessidade urgente de equilibrar vida pessoal e profissional.
Também a partir de experiências com pacientes terminais, Bronnie Ware escreveu o livro ‘Os cinco maiores arrependimentos dos que morrem’, no qual enfatiza as lições mais valiosas sobre autenticidade e felicidade pessoal.
Os relatos dados à autora resumem os cinco principais arrependimentos:
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Não ter vivido de forma autêntica, mas para agradar aos outros;
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Trabalhar excessivamente em vez de aproveitar a vida pessoal;
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Não ter expressado os verdadeiros sentimentos;
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Perder contato com amizades importantes;
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Não se permitir ser feliz.
Cultura do trabalho excessivo
O hábito de priorizar o trabalho em vez de momentos pessoais é comum em todo o mundo. Uma pesquisa da Férias & Co. no Brasil revela que 54,2% dos trabalhadores já venderam suas férias. Isso reflete uma tendência global observada também nos Estados Unidos.
Muitos reconhecem que o lazer e o descanso são benéficos, mas ainda assim abrem mão de tais momentos. Essa escolha impacta a saúde mental e é um dos arrependimentos mais frequentes nos relatos ouvidos por Brandão.
Valor dos relacionamentos
Ser feliz, segundo Ware, é uma escolha que envolve atenção aos relacionamentos. O tempo dedicado aos amigos e familiares, bem como a priorização dos interesses pessoais, são essenciais para uma vida plena.
A consciência dessas escolhas, muitas vezes, só chega perto do final da vida.
* Com informações da revista Exame.