O home office, que emergiu como uma solução durante a pandemia, tem perdido força no Brasil. De acordo com a pesquisa ‘Planeta Firma – Anuário de Benefícios Corporativos’, 33% das empresas já operam totalmente de forma presencial. Esse número supera o índice de corporações que ainda utilizam exclusivamente o trabalho remoto.
A multinacional francesa Swile, responsável pelo estudo, observou ainda um crescente aumento na concessão de benefícios como vale-combustível e auxílio-mobilidade.
Esses dados indicam uma tendência de retorno ao ambiente de trabalho tradicional, com crescimento de 203% e 76%, respectivamente, nesse tipo de benefício.
No entanto, a pesquisa mostra que o home office ainda tem seu espaço garantido em setores criativos, como tecnologia, advocacia e engenharia. Essas áreas, que valorizam a criatividade, tendem a manter o modelo remoto como opção viável.
Trabalho remoto não é mais uma tendência entre os empregadores no Brasil – Imagem: reprodução/Tima Miroshnichenko/Pexels
Impacto da pandemia e o legado do ‘fique em casa’
Durante a pandemia de Covid-19, o home office tornou-se uma prática comum, principalmente em países como a China. Após o fim do lockdown, muitas empresas continuaram a adotar o modelo remoto, agora como benefício estratégico para atrair talentos.
Na China, por exemplo, empresas de logística inovaram ao permitir que funcionários operem cargas de modo remoto. Tal prática, que se tornou uma norma, é parte das atratividades oferecidas para a retenção de talentos.
O home office, apesar de estar em declínio, continua como um fator importante para muitos profissionais na escolha de emprego.
Segundo a pesquisa, 57% dos funcionários consideram os benefícios relacionados ao trabalho remoto como decisivos na escolha de uma vaga.
Porém, as empresas enfrentam desafios ao garantir um ambiente de trabalho remoto que seja atrativo. Isso demanda atenção não apenas à infraestrutura, mas também ao clima organizacional, para garantir a satisfação e produtividade dos colaboradores.
Portanto, o mercado de trabalho brasileiro vive, assim, uma fase de transição. As empresas têm equilibrado o retorno ao presencial com a manutenção do home office em setores específicos.
Esse equilíbrio busca atender às demandas dos funcionários sem comprometer a eficiência operacional.