A observação atenta das ruas pode revelar detalhes surpreendentes sobre a organização da cidade, e uma dessas curiosidades é o sistema de numeração das casas.
A escolha dos números de cada residência não é aleatória, pois ela segue um padrão específico que pode variar entre países e até mesmo entre cidades.
Em muitas partes do mundo, como em Veneza, a numeração parte de um prédio importante. Já no Brasil, o marco zero da cidade, ponto geralmente localizado na área central, serve como referência inicial.
A partir daí, as ruas se expandem em direção às periferias.
Cada país e até cidade costuma empregar um método diferente para dar números aos imóveis – Imagem: reprodução/Bruno Martins/Unsplash
Lógica de numeração no Brasil
O critério para definir os números das casas no Brasil é bastante metódico. Primeiro, é escolhido o ponto inicial da rua, geralmente o mais próximo ao marco zero.
A partir dessa referência, a equipe de numeração realiza medições precisas. O cálculo é feito da seguinte forma:
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Para terrenos sem construções, mede-se até o centro.
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Para terrenos já edificados, a mensuração é feita até a porta da casa.
No Brasil, há ainda uma tendência de posicionar os números pares à direita e os ímpares à esquerda, com o começo a partir do ponto inicial de referência.
Vantagens do sistema padronizado
A padronização oferece várias vantagens práticas, como facilitar a localização das residências, pois ao ver o número 20 e precisar chegar ao 600, é possível estimar a distância em metros.
Além disso, a padronização de números residenciais indica se você se aproxima ou se afasta do centro da cidade ao caminhar pela rua.
Vale ressaltar que, apesar da ampla adoção de tal padrão no Brasil, não existe uma regra oficial rígida ou uma lei em relação a isso. Algumas cidades podem optar por métodos diferentes, assim como ocorre em outros países, onde os critérios de numeração também costumam variar significativamente.