A chegada de novas tecnologias e profissões no mercado de trabalho afeta diretamente algumas carreiras, o que resulta em desvalorização e dificuldades para tais trabalhadores. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) destacam quatro ocupações que encaram tal realidade.
A seguir, vamos analisar os desafios enfrentados por quatro desses trabalhadores, que estão entre as carreiras mais desvalorizadas do país atualmente.
1. Carteiro: profissão sente os efeitos da era digital
O aumento das comunicações digitais reduziu drasticamente o volume de correspondências físicas e, como resultado, a demanda por carteiros também diminuiu de modo significativo.
Além disso, esses profissionais têm de lidar com condições de trabalho difíceis e remuneração insatisfatória, o que tem desestimulado novos interessados na carreira.
Carteiros podem sumir devido à baixa demanda de seus serviços – Imagem: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
2. Cobrador
Os cobradores também sentem os efeitos das inovações tecnológicas. Com o crescimento dos sistemas de pagamento eletrônico e cartões de transporte, sua função em ônibus, metrô e trens torna-se cada vez mais dispensável.
Além disso, a jornada de trabalho extensa e a falta de valorização contribuem para a baixa procura por essa ocupação.
3. Motoristas são essenciais, mas desvalorizados
Indispensáveis para o transporte de passageiros e mercadorias, os motoristas tentam lidar com longas jornadas e condições precárias.
A baixa remuneração, principalmente entre motoristas de aplicativos e ônibus, afasta novos talentos e o desinteresse pela profissão leva a uma escassez desses profissionais no mercado.
4. Professores da educação básica
Apesar de serem fundamentais na formação das novas gerações, os professores da educação básica lidam com a falta de estrutura nas escolas e uma remuneração inadequada.
A profissão também carece de reconhecimento social, o que resulta em desvalorização e dificuldades para atrair e reter talentos nessa área imprescindível.
Professores da educação, do ensino infantil até o ensino médio, são uma das carreiras menos procuradas atualmente – Imagem: reprodução/Unsplash
Em meio à desvalorização de algumas carreiras, é importante buscar áreas promissoras que ofereçam melhores retornos financeiros e reconhecimento. Setores como tecnologia, saúde e finanças têm mostrado crescimento e alta demanda por profissionais qualificados.
Por isso, investir em educação e capacitação em tais áreas pode ser uma estratégia eficaz para evitar a desvalorização e alcançar o sucesso profissional a médio e longo prazo.