Estudo sugere reformulação no ensino superior brasileiro

Academia Brasileira de Ciência propõe novas faculdades e cursos adaptados.



A Academia Brasileira de Ciências (ABC) divulgou um relatório em novembro de 2024, no Rio de Janeiro, que aborda os desafios do ensino superior, além de apresentar propostas para aprimorar a oferta acadêmica no Brasil.

Intitulado “Um olhar sobre o ensino superior no Brasil”, o documento da ABC destaca sugestões a fim de otimizar a educação superior nas instituições públicas, como a criação de novas faculdades federais.

Ensino superior é indispensável para gerar mão de obra qualificada e cidadãos com maior pensamento crítico e análise sociológica – Imagem: reprodução/Jane Carmona/Unsplash

Propostas de transformação

Ado Jorio, o coordenador do estudo, menciona que tais universidades novas focariam exclusivamente no ensino, com cursos mais curtos adaptados às demandas econômicas imediatas.

Faculdades federais mais flexíveis

As novas faculdades federais propostas no relatório teriam estruturas ainda mais ágeis. Diferenciando-se das universidades tradicionais, as novas instituições de ensino se dedicariam exclusivamente ao ensino e ao mercado de trabalho, oferecendo cursos de menor duração.

Expansão de matrículas e ensino a distância

O relatório enfatiza também a necessidade de ampliar as matrículas em institutos federais e Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs), a fim de focar em cursos técnicos e tecnológicos, além de propor o fortalecimento do ensino a distância.

Valorização do corpo docente

A valorização dos professores é outra prioridade apontada pelo estudo. A proposta visa assegurar um corpo docente bem preparado para enfrentar os desafios educacionais contemporâneos.

Centros de Formação em Áreas Estratégicas

Outra ideia importante do documento é a criação de Centros de Formação em Áreas Estratégicas nas universidades públicas. Tais núcleos iriam se concentrar em seis campos principais:

  1. Agricultura e agronegócio

  2. Bioeconomia;

  3. Materiais avançados e tecnologias quânticas;

  4. Saúde e bem-estar;

  5. Transformação digital e inteligência artificial;

  6. Transição energética.

O relatório defende também a criação de um programa para a recuperação da infraestrutura das universidades federais, algo que, aliado a investimentos em retenção, buscaria reduzir a evasão universitária.

Com tais propostas, a Academia Brasileira de Ciência espera transformar o ensino superior no Brasil, tornando-o mais acessível e alinhado às necessidades do mercado e da sociedade.




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