Muitas pessoas ainda mantêm cédulas e moedas de antigos planos monetários brasileiros em casa, intrigadas com a possibilidade de possuírem itens valiosos. Entretanto, a maioria dessas peças não apresenta valor significativo. Contudo, a dúvida persiste: como identificar moedas e cédulas que realmente valem algo?
Identificar moedas raras não é simples. O primeiro passo é buscar informações sobre as características. Para tal, catálogos de moedas são uma ferramenta confiável para isso.
As peças mais antigas, em muitos casos, não são tão valiosas quanto se imagina, segundo especialistas da Sociedade Numismática Brasileira (SNB).
SNB indica procurar especialistas em numismática para verificar se moedas guardadas têm mesmo algum valor – Imagem: reprodução/Designi
O valor das moedas não está na idade
Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira, alerta que muitas pessoas equivocadamente acreditam que moedas antigas são automaticamente valiosas. Na realidade, o valor delas é determinado pela quantidade emitida e seu estado de conservação.
Pellizzari explica que a raridade das peças encontradas normalmente em casa é baixa. No entanto, algumas podem valer milhares de reais.
Para uma avaliação mais precisa, ele recomenda consultar especialistas listados no site da Sociedade Numismática Brasileira.
O destaque entre as moedas brasileiras é a Peça da Coroação, de 1822, cunhada em ouro para a coroação de D. Pedro I. Apenas 64 unidades foram feitas, e ela é conhecida por sua raridade e alto valor de negociação, alcançando US$ 500 mil (R$ 3 milhões*) em leilões.
O que faz uma moeda valer mais?
A história e a tiragem são fatores cruciais para dar valorização a uma moeda; por exemplo, peças com baixa produção ou com falhas de cunhagem podem ter valor considerável. Moedas com menos de um milhão de unidades emitidas já são consideradas escassas no Brasil.
Já itens com defeitos, como a de 50 centavos emitida com falhas de cunhagem, são exemplos de como pequenos detalhes podem aumentar o valor de mercado.
Esses defeitos podem ser no design ou na produção da moeda, o que as torna atraentes para os colecionadores.
Moedas valiosas em circulação
-
R$ 1 de 1998 – Comemoração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: R$ 200 a R$ 330;
-
R$ 1 de 2012 – Entrega da bandeira olímpica: R$ 90 a R$ 120;
-
50 centavos de 2012 – Falha de produção, sem o zero: R$ 1.500 a R$ 1.800;
-
10 centavos de 1995 – Plano Numismático para a FAO: R$ 60 a R$ 85;
-
25 centavos de 1995 – Plano Numismático para a FAO: R$ 20 a R$ 35.
Embora a cédula de R$ 200 tenha gerado interesse, não é considerada rara. Contudo, cédulas com numerações especiais, como palíndromas ou sequenciais, podem ter mais valor entre colecionadores.
Concluir que uma moeda ou cédula tem valor no mercado depende de uma análise cuidadosa, que considera sua história, tiragem e possíveis defeitos de cunhagem. Consultar especialistas e utilizar catálogos são passos essenciais para quem deseja explorar o potencial de suas coleções monetárias.
* Valores de conversão consultados no dia 13 de janeiro de 2025.