O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) revelou uma surpreendente mudança na corrida por vagas em cursos superiores no Brasil para 2025. Contrariando tendências anteriores, a formação que conquistou o título de curso mais concorrido não foi a tradicional Medicina.
O programa ofereceu 6.851 cursos de graduação em 124 instituições públicas de ensino superior de todas as regiões do Brasil.
Com apenas seis vagas disponíveis, a Biomedicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR) atraiu 1.568 candidaturas, resultando em uma concorrência de 261,33 candidatos por vaga.
Este cenário inédito demonstra o crescente interesse por áreas biomédicas e destaca a qualidade e relevância do curso oferecido pela UFPR.
Cursos mais disputados no SiSU 2025
Além da Biomedicina, outros cursos também se destacaram pela alta concorrência.
Medicina, sempre presente na lista, foi o segundo curso mais disputado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), com quatro vagas. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ofereceu 40 vagas, atraindo também muitos candidatos interessados na área médica.
Entre os cursos mais procurados, destacam-se ainda Pedagogia na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo e Fisioterapia na UFPR, reafirmando a diversidade de interesses dos estudantes brasileiros.
Critérios e nota de corte
A concorrência nos cursos é medida pela relação entre o número de candidatos inscritos e as vagas disponíveis. Já a nota de corte representa a pontuação do participante que ocupou a última vaga.
Estas métricas variam a cada ano e influenciam a escolha dos estudantes.
Possíveis impactos e tendências futuras
Embora a Biomedicina na UFPR tenha liderado a concorrência, a nota de corte de Medicina na UEM foi 40 pontos maior. Isso demonstra que a dificuldade de ingresso nem sempre está diretamente relacionada à concorrência, mas também à qualidade dos candidatos.
A alta demanda por Biomedicina pode sinalizar uma mudança nas preferências dos estudantes e um novo foco nas ciências biomédicas, mas também pode ser apenas um resultado da baixa oferta.
A tendência é que, com o passar dos anos, novas áreas se destaquem, configurando um panorama acadêmico cada vez mais dinâmico e diversificado no país.