É comum que farmácias solicitem o CPF do consumidor no momento da compra, geralmente com a promessa de descontos e benefícios exclusivos. No entanto, essa prática levanta preocupações sobre a segurança dos dados pessoais e o uso dessas informações.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor, o debate sobre a coleta e o armazenamento dessas informações se torna ainda mais relevante.
Além da oferta de promoções, as farmácias utilizam os CPFs para criar um histórico de compras dos clientes. Isso permite que os estabelecimentos mapeiem hábitos de consumo e personalizem ofertas.
Contudo, sem uma política clara de proteção de dados, o consumidor pode não saber exatamente como suas informações estão sendo armazenadas e para quais finalidades serão utilizadas.
Os riscos do compartilhamento de CPF

A coleta indiscriminada de CPFs pode representar riscos para os consumidores, especialmente quando não há transparência sobre o uso dessas informações.
Dados pessoais podem ser compartilhados com terceiros sem consentimento, o que pode resultar em abordagens de marketing excessivas e até na venda dessas informações para outras empresas.
Outro ponto de preocupação é a segurança digital das farmácias. Caso os sistemas dessas empresas sejam alvos de ataques cibernéticos, dados sensíveis podem acabar vazando, deixando consumidores vulneráveis a fraudes. Golpistas podem utilizar essas informações para aplicar golpes como clonagem de identidade e abertura de contas fraudulentas.
Como criminosos utilizam CPFs vazados?
O vazamento de CPFs pode trazer sérios problemas para os consumidores. Com esses dados em mãos, golpistas conseguem emitir boletos falsos, contratar empréstimos indevidos e até registrar linhas telefônicas no nome da vítima. Em fraudes mais elaboradas, criminosos cruzam essas informações com outros dados vazados, conseguindo acesso a contas bancárias e realizando transações sem o conhecimento do titular.
Para se proteger, é importante fornecer o CPF apenas quando realmente necessário e sempre perguntar como aquela farmácia armazena e usa essas informações. Quanto mais transparência, menor o risco de exposição.
Por fim, acompanhar regularmente a situação do CPF e ativar serviços de monitoramento pode fazer a diferença. Pequenos cuidados, como evitar compartilhar dados pessoais indiscriminadamente, ajudam a reduzir as chances de cair em golpes e garantem mais segurança no dia a dia.