Um cenário preocupante se desenha para diversas cidades na América do Sul, que correm a ameaça de desaparecer sob as águas do oceano em um futuro próximo. Estudos apontam que o aumento do nível do mar, agravado por fatores climáticos e ações humanas, coloca em risco a existência de comunidades inteiras.
Entre os perigos iminentes, destacam-se problemas como o derretimento das geleiras e a expansão térmica dos oceanos. Esses fatores, impulsionados pelo aquecimento global, ameaçam causar inundações massivas, uma situação que pode resultar em perdas materiais e humanas significativas nos próximos anos.
Partes costeiras e próximas a grandes rios na América do Sul vão sofrer com aumento do nível do mar – Imagem: América do Sul/Shutterstock
O impacto do aumento do nível do mar
O nível do mar tem subido a uma taxa alarmante, conforme relatado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre 1993 e 2023, observou-se um aumento de 9,4 centímetros, o mais alto já registrado. A previsão é de que essa tendência continue e impacte especialmente regiões costeiras.
Veja as principais causas da elevação do nível do mar:
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Derretimento de geleiras e camadas de gelo;
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Expansão térmica da água oceânica;
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Emissões de gases de efeito estufa.
Segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, a principal causa é a ação humana. A queima de combustíveis fósseis liberou gases que aqueceram o planeta, isso leva a oceanos mais quentes e ao derretimento do gelo.
Projeções futuras e consequências
Com o aumento contínuo das temperaturas, projeta-se que os mares possam subir até 77 centímetros até 2100 em um cenário pessimista. Mesmo na melhor das hipóteses, na qual o aquecimento seria de 1,4°C, é esperada uma alta média de 38 centímetros até o final do século.
Veja as cidades na América do Sul que estão fadadas a sofrer com isso:
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Barranquilla, Colômbia: inundações frequentes podem ocorrer devido ao rio Magdalena;
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Maracaibo, Venezuela: milhões poderão ficar desabrigados;
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Rio de Janeiro, Brasil: sua proximidade ao Oceano Atlântico aumenta riscos;
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Porto Alegre, Brasil: tem uma vulnerabilidade semelhante à do Rio de Janeiro;
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Buenos Aires e Entre Ríos, Argentina: apresentam risco elevado por proximidade com o rio;
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Punta del Este, Uruguai: sofre com uma gestão inadequada dos recursos hídricos.
A situação é crítica e exige respostas urgentes da comunidade internacional. Medidas para mitigar as emissões de gases de efeito estufa são essenciais para evitar um cenário catastrófico. O tempo para agir é agora, antes que essas cidades sejam tragadas pelas águas.