A ciência revela quando realmente começa a velhice

Conceito de envelhecimento está mudando e desafia percepções tradicionais sobre quando se inicia a velhice.



A sensação de envelhecimento mudou ao longo do tempo, e atualmente pessoas aos 60 anos não se veem como idosas, diferentemente de gerações passadas. Segundo estudos recentes, a velhice pode ser mais uma questão social do que biológica.

Muitas pessoas hoje investem em manter uma aparência jovem. O mercado de produtos antienvelhecimento, que movimenta bilhões de dólares, projeta crescimento contínuo até 2032.

Cremes, suplementos e exercícios são algumas das ferramentas utilizadas nessa busca incessante pela juventude.

Embora o envelhecimento ainda seja visto por muitos como um problema, ele é mais adaptável do que se imagina. De acordo com Eric Verdin, do Buck Institute for Research on Aging, não há um ponto biológico claro que defina a transição para a velhice.

Idade cronológica versus idade biológica

A pesquisa liderada por Markus Wettstein, da Universidade Humboldt, na Alemanha, revela que pessoas de meia-idade e idosos sentem-se mais jovens do que há dez anos. Essa percepção reflete, em parte, o aumento da expectativa de vida.

Historicamente, a velhice foi associada à capacidade funcional de uma pessoa. No entanto, nos últimos séculos, a idade cronológica tornou-se o principal critério para determinar quando alguém é considerado idoso.

Segundo Verdin, “há uma incrível variabilidade entre pessoas diferentes”. A partir dessa premissa, estudos indicam que é necessário ajustar a idade em que alguém pode ser considerado velho.

O processo de envelhecimento

No último século, avanços científicos têm ampliado nosso entendimento sobre o envelhecimento. Intervenções dietéticas e medicamentos contribuem para prolongar a juventude das células, o que tem “adiado” a velhice.

As consequências do envelhecimento, como o aumento de doenças crônicas após os 60 anos e o fator de risco para condições como câncer e Alzheimer, continuam em pauta. Além disso, a discriminação por idade pode impactar a saúde mental e física.

Em meio a esse cenário, a definição de envelhecimento permanece em debate. Eventos estressores ou doenças podem acelerar o processo, enquanto marcadores biológicos, como capacidade física e danos ao DNA, ainda estão em estudo.

Superidosos: o fascínio da ciência

Considerando as diferenças no envelhecimento de diferentes pessoas, aqueles que vivem de forma saudável além dos 70 anos despertam interesse na comunidade científica. Estudos sobre esses “superidosos” visam aumentar o tempo de vida saudável da população geral.

Com o aumento da população idosa até 2050, essa pesquisa é algo crucial. Segundo Verdin, o objetivo é proporcionar anos extras de vida saudável e combater percepções negativas sobre a velhice.




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