Atender a uma chamada de um número não identificado é uma prática frequente no cotidiano de muitos. Inclusive, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), tem trabalhado para combater esse incômodo.
Seja um banco ou um familiar com um novo número, a expectativa por detrás da ligação é sempre uma incógnita. No entanto, é importante ter cautela, pois nem sempre a chamada é legítima, podendo ser uma tentativa de golpe.
Nesse contexto, até uma expressão habitual, como “alô”, usada ao atender ligações, pode ser um grande risco à segurança pessoal. Golpistas se aproveitam dessa interação para gravar e manipular a voz do usuário, simulando conversas com bancos ou outras instituições financeiras.
Muitos acreditam ser improvável, mas essa prática se tornou uma porta de entrada para fraudes em nomes das vítimas. Saiba mais a seguir!
De preferência, não atenda chamadas de números desconhecidos. Caso atenda por acaso, não fale nada – Imagem: Freepik/reprodução
Os perigos do “alô” nesse tipo de ligação
De acordo com alertas do Banco da Espanha e do Instituto Nacional de Segurança Cibernética (INCIBE) espanhol, os golpes telefônicos têm se tornado cada vez mais sofisticados.
Criminosos conseguem informações pessoais através de vazamentos ou fraudes anteriores com o uso da voz das vítimas, que servem para tornar suas abordagens mais convincentes.
As fraudes não se limitam ao simples registro de uma palavra. Golpistas podem ficar em silêncio durante a ligação, esperando por uma reação da vítima, ou fingir ser uma instituição confiável.
Indo mais além, alguns grupos de cibercriminosos podem usar qualquer palavra pronunciada pela vítima para captar o timbre de voz e cloná-lo, usando inteligência artificial para simular a fala da pessoa.
Esse nível de sofisticação torna as chamadas fraudulentas difíceis de serem detectadas e exige precaução constante.
Como os dados são usados pelos golpistas
O acesso a bancos de dados vazados, como os da Direção Geral de Tráfego (DGT), bem como a clonagem da voz, permite aos criminosos criar perfis falsos.
Essas informações são usadas para realizar fraudes financeiras, solicitar serviços bancários ou registrar-se em nome da vítima. A credibilidade conferida por esse método dificulta a identificação do golpe.
Medidas de proteção contra fraudes telefônicas
Agora que você conhece os riscos envolvidos, saiba como se proteger:
- Evite até mesmo dar respostas comuns como “sim”, “oi”, “olá” ou “alô”. Em vez disso, use frases neutras como “Quem está falando?”, fique em silêncio ou desligue a chamada sem atendê-la;
- Nunca compartilhe informações pessoais ou bancárias durante uma chamada suspeita;
- Se a chamada parecer duvidosa, desligue imediatamente e bloqueie o número;
- Acompanhe frequentemente suas contas bancárias para identificar transações suspeitas.
- Instale aplicativos que identificam e bloqueiam números potencialmente fraudulentos.
A prevenção é a melhor aliada contra as fraudes telefônicas, especialmente diante do crescente avanço das técnicas usadas por golpistas.
A conscientização sobre o tema e a adoção de práticas seguras ao atender chamadas desconhecidas são fundamentais para proteger tanto as informações pessoais quanto as financeiras.