O governo federal anunciou uma medida que pretende aliviar o bolso dos brasileiros: a isenção da tarifa de importação do azeite. Esse produto, que se tornou uma verdadeira preciosidade nas prateleiras dos supermercados, agora está na lista de itens com alíquota zerada.
Dados mostram que praticamente todo o consumo brasileiro de azeite é suprido por importações, que chegam ao país com uma tarifa de 9%, a qual será eliminada. Especialistas acreditam que isso poderá beneficiar os consumidores, embora o tamanho do desconto nas gôndolas permaneça incerto.
A expectativa é conter as pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos. No entanto, o aumento da oferta na Europa também pode influenciar uma possível redução de preços.
Impacto da medida e desafios no mercado
O cenário europeu é decisivo para o preço do azeite no Brasil. Países como Espanha, Itália e Grécia, que são grandes produtores, enfrentaram desafios climáticos nos últimos anos.
Porém, com o clima recentemente mais favorável, a Europa espera um aumento significativo na produção.
A safra europeia de 23/24 registrou 2,5 milhões de toneladas, e a projeção para 24/25 é ainda mais otimista, com 3,3 milhões de toneladas. Essa melhoria na colheita já impactou o mercado internacional, com uma redução significativa nos preços do produto.
Previsões dos especialistas
Os economistas preveem que os consumidores brasileiros poderão sentir o impacto da isenção tarifária em até dois meses.
No entanto, outros fatores também influenciam o preço final, como oferta, demanda e custos logísticos. A competitividade no mercado é essencial para que o desconto seja vantajoso para o consumidor.
Renato Fernandes, do Instituto Brasileiro de Olivicultura, defende que o verdadeiro fator de redução de preços será a produção europeia. Ele também sugere que o governo invista na pesquisa de novas variedades de azeitonas adaptadas ao clima brasileiro, visando aumentar a produção nacional e reduzir a dependência externa.
Embora a isenção tarifária do azeite possa aliviar os preços a longo prazo, o mercado ainda depende de fatores além do controle local, como o clima europeu e a dinâmica global de oferta e demanda. Aos consumidores, resta aguardar para ver se a medida trará preços mais acessíveis nas prateleiras brasileiras.
*Com informações do portal G1.