A mão inglesa, em que os veículos circulam pela esquerda, apresenta-se em contraste com a condução pela direita, comum na maioria dos países, como o Brasil.
Este sistema, originário do Reino Unido, tem raízes históricas e culturais profundas. Seu impacto global é significativo, estendendo-se a várias ex-colônias britânicas e além.
Resumidamente, durante a Idade Média, os cavaleiros optavam por circular à esquerda, permitindo o uso eficaz da espada com a mão direita em situações de combate.
Este hábito medieval tornou-se oficial no Reino Unido no século XVIII, marcando a história do tráfego. O sistema ainda prevalece em muitos países, refletindo tradições e influências culturais.
Países que utilizam a mão inglesa
A expansão do Império Britânico levou à adoção do tráfego pela esquerda em muitas de suas colônias, incluindo a Austrália e a Índia.
Mesmo após a independência, essas nações mantiveram o sistema britânico, em grande parte devido à complexidade e ao custo de uma mudança.
O Japão, embora não tenha sido colonizado pelo Reino Unido, adotou a mão inglesa devido a acordos comerciais e influências ferroviárias britânicas no século XIX.
Ainda no continente asiático, a Tailândia também segue esta prática. Na África, a África do Sul preserva essa tradição britânica. Na Europa, a Irlanda, Malta e o Chipre continuam a utilizar este sistema, facilitando o trânsito entre essas nações.
Assim, a escolha pela esquerda reflete tanto heranças coloniais quanto decisões estratégicas independentes.
Brasileiros que visitam o Reino Unido estranham a posição dos volantes dos carros – Imagem: iStockphoto
Diferenças entre mão inglesa e mão francesa
A principal diferença reside mesmo na direção do tráfego. Na mão inglesa, veículos trafegam à esquerda, com o volante à direita; já na mão francesa, ocorre o contrário. Essa divergência impacta a infraestrutura e as regras de trânsito em cada região.
Além das vias, a sinalização e as normas de ultrapassagem são adaptadas ao sistema de tráfego adotado, influenciando o desenho das estradas e a dinâmica dos cruzamentos.
Exceções no Brasil
Embora o Brasil adote majoritariamente a mão francesa, à direita, há uma exceção: um trecho da Rodovia BR-101, em Ubatuba, São Paulo, onde o tráfego ocorre à esquerda. Esta particularidade é motivada por questões geográficas e pela otimização do fluxo local.
Contudo, essa exceção não reflete uma tendência ampla no Brasil, que segue alinhado ao padrão da América do Sul e de muitos países ao redor do mundo, mantendo a condução pela direita.