Com o início da “temporada do dragão azul”, autoridades têm emitido alertas à população sobre os riscos de se aproximar deste fascinante molusco.
O Glaucus atlanticus, que é conhecido popularmente como dragão azul, não é apenas uma maravilha visual dos oceanos, mas também uma criatura altamente venenosa.
Encontrados em águas temperadas e tropicais, como as da costa brasileira, esses pequenos animais têm de 3 a 4 centímetros de comprimento e apresentam uma coloração deslumbrante em tons de azul.
Avistamentos são comuns principalmente em regiões como a África do Sul, Europa, Austrália, Moçambique e Golfo do México. Recentemente, apareceram também nas praias das Ilhas Canárias, Texas e Flórida. E claro, podem aparecer no Brasil.
Imagem: iStockphoto/reprodução
Perigos ocultos sob a beleza
O dragão azul possui uma coloração azul-prateada que atrai muitos banhistas. Entretanto, sua beleza esconde um perigo: a capacidade de armazenar e potencializar o veneno das caravelas portuguesas, das quais se alimenta.
Este veneno, quando liberado, pode causar dor intensa e em casos mais graves levar à morte da pessoa picada.
Segundo Jace Tunnell, biólogo marinho, os efeitos de uma picada de dragão azul podem incluir náuseas, vômitos e reações alérgicas severas.
Em alguns casos, é necessária hospitalização. Relatos indicam que a dor pode ser comparada a agulhas arranhando a pele.
Cuidados a serem tomados
A chegada da primavera do hemisfério norte, que corresponde ao outono no Brasil, traz consigo o movimento desses moluscos para as praias, transportados por correntes marítimas. Eles aproveitam o momento para se reproduzir.
Autoridades alertam turistas e residentes para evitarem contato, mesmo com indivíduos mortos, pois suas toxinas permanecem ativas. Recapitulando:
- Evitar tocar ou manipular qualquer dragão azul avistado;
- Prestar atenção a avisos em praias conhecidas por avistamentos;
- Buscar ajuda médica imediata em caso de contato ou picada.
Apreciar a beleza dos dragões azuis deve ser realizado com cautela e distância. Respeitar a fauna marinha é essencial para garantir a segurança de todos durante esta temporada.
